Mulheres negras nas exatas: debates em espaço de educação não formal

Resumo A sociedade brasileira sustenta-se em uma estrutura racista derivada de 350 anos de colônia escravocrata, responsável por perpetuar violências contra grupos sociais divergentes da heteronormatividade. Defendemos que é a educação nossa maior aliada na reconstrução deste corpo social. Com eleme...

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Published inEducación química Vol. 33; no. 2; pp. 219 - 234
Main Authors Faustin, Gustavo Augusto Assis, Vargas, Regina Nobre, Bernardes, Clarissa Alves Carneiro, Silva, Ludwaler Rodrigues, Bastos, Morgana Abranches, Oliveira, Marta Cezaria de, Benite, Claudio Roberto Machado, Benite, Anna M. Canavarro
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Química 2022
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Summary:Resumo A sociedade brasileira sustenta-se em uma estrutura racista derivada de 350 anos de colônia escravocrata, responsável por perpetuar violências contra grupos sociais divergentes da heteronormatividade. Defendemos que é a educação nossa maior aliada na reconstrução deste corpo social. Com elementos de uma pesquisa participante, objetivamos o desenvolvimento de uma vivência intercultural centrada na produção de cientistas negras e seus universos identitários, com vistas a compreender suas contribuições para o processo de educação não formal em uma Organização não governamental - ONG feminista negra. Nossos resultados demonstram que, ao pensarmos no enfrentamento do racismo, machismo e a LGBTIfobia, não podemos pensar em ações particionadas. Nesse sentido, as Ciências/Química podem dialogar com as múltiplas corporeidades, com vistas a auxiliar nas transgressões dos silenciamentos sobre as relações étnico-raciais e das sexualidades dissidentes na ONG quanto nos ambientes escolares. Nossos resultados mostram que, frente às múltiplas identidades de gênero e orientações sexuais, é possível associar a natureza da ciência ensinada a práticas acolhedoras e temáticas urgentes em aulas de química. Em vista disso, nossos resultados também mostram que as ONGs podem auxiliar na formação inicial e continuada das/os professoras/es de química, sendo uma alternativa de operacionalização e da resistência da população negra e LGBTI.
ISSN:0187-893X
DOI:10.22201/fq.18708404e.2022.2.79564