Dermatite atópica e ascaridíase em crianças de 2 a 10 anos

OBJETIVO: Avaliar a associação entre dermatite atópica (DA) e ascaridíase em crianças de 2 a 10 anos do bairro do Pedregal, Campina Grande (PB), área de baixos indicadores socioeconômicos. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal a partir da aplicação do questionário padrão do International Study of...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inJornal de pediatria Vol. 86; no. 1; pp. 53 - 58
Main Authors Silva, Maria Teresa Nascimento, Souza, Valdenia M., Bragagnoli, Gerson, Pereira, Teobaldo G. R., Malagueño, Elizabeth
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Brasileira de Pediatria 01.02.2010
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:OBJETIVO: Avaliar a associação entre dermatite atópica (DA) e ascaridíase em crianças de 2 a 10 anos do bairro do Pedregal, Campina Grande (PB), área de baixos indicadores socioeconômicos. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal a partir da aplicação do questionário padrão do International Study of Asthma and Allergies in Chlidhood (ISAAC) e exame parasitológico de fezes para Ascaris lumbricoides. A variável dependente foi o diagnóstico de DA ausente, DA leve e DA grave. Efetuou-se análise de regressão logística multivariada, bem como análise descritiva das variáveis do estudo. As associações foram estimadas por meio de risco relativo (RR) e razão de chances (odds ratio, OR). A inferência estatística foi baseada em intervalos de confiança de 95% (IC95%). RESULTADOS: Foram avaliadas 1.195 crianças, sendo 51,2% (n = 612) do sexo feminino. A prevalência de DA foi de 24,6%, e a de ascaridíase, de 26,1%. Das crianças com DA leve, 44 (36,7%) eram parasitadas pelo A. lumbricoides, enquanto que 40 (22,9%), com DA grave, apresentavam a mesma geo-helmintose (p = 0,01). Comparando-se os casos negativos para DA com os casos leves e graves, constatou-se que a presença de ascaridíase aumentou a ocorrência de dermatite leve (RR = 1,7; p = 0,009), mas não de DA grave (RR = 0,86; p = 0,46). Avaliando-se apenas os casos positivos de dermatite, DA leve (n = 120; 40,8%) e DA grave (n = 176; 59,2%), verifica-se que a exposição parasitária diminui a ocorrência da forma grave (RR = 1,46; p = 0,016). CONCLUSÃO: Existe elevada prevalência de DA e de ascaridíase na população estudada. A forma grave de DA está associada com baixa parasitemia de A. lumbricoides.
ISSN:1678-4782
DOI:10.2223/JPED.1962