A carteirada no hospital

A confusão entre o prefeito Eduardo Paes e médicos do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, ganhou nova versão ontem. No livro de ocorrências da unidade, a chefe da equipe que atendeu o filho de Paes no domingo relatou que ele gritava, afirmando estar falando não como cidadão, mas como prefei...

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Published inGlobo (Rio de Janeiro, Brazil)
Main Author Rafael Galdo e Célia Costa granderio@oglobo.com.br
Format Newspaper Article
LanguagePortuguese
Published Rio de Janeiro Grupo de Diarios América 16.03.2016
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Summary:A confusão entre o prefeito Eduardo Paes e médicos do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, ganhou nova versão ontem. No livro de ocorrências da unidade, a chefe da equipe que atendeu o filho de Paes no domingo relatou que ele gritava, afirmando estar falando não como cidadão, mas como prefeito. Ele teria sido "grosseiro", segundo o relato da médica, que não foi identificada, e demitido a funcionária que atendia o garoto, ameaçando a profissional, que, de acordo com o prefeito, não trabalharia mais em nenhuma unidade do município. O texto termina com uma pergunta: "Assédio moral?". "Mais cedo tivemos um momento de indisposição com o prefeito, já que o mesmo foi bastante grosseiro (...). Neste momento, o senhor prefeito começou a gritar de forma ríspida, enquanto deitávamos o filho para ser avaliado pela cirurgiã de plantão", diz o texto, acrescentando que o tom agressivo deixara a médica constrangida. Ontem, segundo amigos, ela passou o dia sob efeito de tranquilizantes. Por nota, a médica disse que "cumpriu com as normas de atendimento da Secretaria municipal de Saúde". Ela afirmou ainda que "o atendimento ocorreu normalmente" e lamentou o que chamou de "atitude intempestiva" do prefeito, atribuindo-a "à tensão que todo pai enfrenta em situações de dor do filho".