Gaffrée e guinle ameaçado

  " Tenho que pagar a dívida. Se isso não ocorrer, eles param. Se a empresa parar, não há como substituir. É um trabalho que requer uma especialização. Isso está ocorrendo porque, para garantir o funcionamento do hospital este mês, fui obrigado a deixar de pagar a fornecedores e fazer estoque d...

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Published inGlobo (Rio de Janeiro, Brazil)
Main Author Celia Costa e Rafael Nascimento granderio@oglobo.com.br
Format Newspaper Article
LanguagePortuguese
Published Rio de Janeiro Grupo de Diarios América 05.12.2015
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Summary:  " Tenho que pagar a dívida. Se isso não ocorrer, eles param. Se a empresa parar, não há como substituir. É um trabalho que requer uma especialização. Isso está ocorrendo porque, para garantir o funcionamento do hospital este mês, fui obrigado a deixar de pagar a fornecedores e fazer estoque de material. Essa situação só estará garantida até o final do mês " disse [Fernando Ferry], acrescentado que já informou o governo federal sobre a gravidade da situação e pediu ajuda ao reitor (o hospital pertence à UniRio). " Pode parar tudo, cirurgias e internações. Sem limpeza, eu não posso fazer nada. Nem cuidar dos pacientes que já estão internados aqui. A crise se arrasta desde 2013. Ano a ano, o hospital tem fechado leitos. Dos 236 existentes, 106 foram desativados nos últimos dois anos. Hoje, apenas 130 funcionam, e só 100 são, no momento, ocupados por pacientes. Fechando mais 60, o hospital ficará com apenas 70 leitos em funcionamento, muito abaixo de sua capacidade de atendimento. Desde outubro deste ano, novos pacientes com necessidade de internação não são aceitos, e os médicos também deixaram de fazer cirurgias eletivas, aquelas que não são emergenciais. A direção do hospital conta com a liberação de um repasse de R$ 4 milhões, previsto para o dia 15 de dezembro, para amenizar a situação.