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A começar pela despreocupação com a inflação. No começo de 2004, tempos em que o Indec [o IBGE local] ainda era uma instituição confiável, livre do tacão do governo, a inflação havia recuado para níveis muito baixos (cerca de 2%), uma vez dissipados os efeitos da maciça desvalorização do peso no com...

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Published inFolha de S. Paulo
Format Newspaper Article
LanguagePortuguese
Published São Paulo Global Network Content Services LLC, DBA Noticias Financieras LLC 21.11.2012
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Summary:A começar pela despreocupação com a inflação. No começo de 2004, tempos em que o Indec [o IBGE local] ainda era uma instituição confiável, livre do tacão do governo, a inflação havia recuado para níveis muito baixos (cerca de 2%), uma vez dissipados os efeitos da maciça desvalorização do peso no começo de 2002. A atividade econômica, por sua vez, vinha em franca recuperação e o país reunia, assim, as condições ideais para consolidar o controle da inflação. Naquele momento crucial, contudo, mais uma oportunidade foi desperdiçada. As autoridades desprezaram a questão inflacionária e elegeram o crescimento como único objetivo. Ao final de 2005, a inflação já ultrapassava os dois dígitos e, para lidar com o problema, o governo recorreu a controles diretos de preços e subsídios; com o fracasso destes, passou a adulterar o índice de inflação. Hoje a inflação oficial se encontra ao redor de 10% nos últimos 12 meses, enquanto estimativas privadas sugerem um índice cerca de três vezes mais alto.