Morte assistida: uma reivindicação perversa?

A morte assistida, ou seja, a antecipação voluntária da morte em casos clínicos extremamente graves, irreversíveis, e no respeito de todas as salvaguardas existentes nas leis despenalizadoras, é por muitos considerada uma reivindicação “perversa”, no sentido de contrariar um princípio longamente pre...

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Published inCadernos de literatura comparada no. 20
Main Author Ferreira dos Santos, Laura
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Porto Universidade do Porto Faculdade de Letras 01.01.2009
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Summary:A morte assistida, ou seja, a antecipação voluntária da morte em casos clínicos extremamente graves, irreversíveis, e no respeito de todas as salvaguardas existentes nas leis despenalizadoras, é por muitos considerada uma reivindicação “perversa”, no sentido de contrariar um princípio longamente prevalecente: o da santidade e inviolabilidade da vida humana. No entanto, o desenvolvimento de uma moral secular, enfatizando a importância da qualidade de vida e da autonomia pessoal, abriu caminho para problematizar a noção de “vida” através dos conceitos de “vida biológica” e “vida biográfica”. Deste modo, coloca-se a questão de saber se é a reivindicação da morte assistida que é uma reivindicação perversa, ou, antes, a sua proibição.
ISSN:1645-1112
2183-2242