Acumulação De Capital, Abertura Econômica E Poupança Externa: Um Modelo Macroeconômico Pós-Keynesiano Com Câmbio Flexível E Mobilidade De Capitais

Muito se discute sobre qual seria a melhor maneira de se promover o crescimento autosustentado das economias capitalistas, de como ficar menos suscetível a choques exógenos, bem como analisar os determinantes do crescimento econômico. Dentro deste contexto, este trabalho tem como principal objetivo...

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Published inIDEAS Working Paper Series from RePEc
Main Authors Basilio, Flávio A C, Oreiro, José Luís
Format Paper
LanguageEnglish
Published St. Louis Federal Reserve Bank of St. Louis 01.01.2006
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Summary:Muito se discute sobre qual seria a melhor maneira de se promover o crescimento autosustentado das economias capitalistas, de como ficar menos suscetível a choques exógenos, bem como analisar os determinantes do crescimento econômico. Dentro deste contexto, este trabalho tem como principal objetivo apresentar um modelo macroeconômico no qual: (i) A economia opera com regime de câmbio flutuante; (ii) As firmas operam no regime de oligopólio e o ajuste entre poupança e investimento é feito através de variações no grau de utilização da capacidade produtiva; (iii) A distribuição da renda entre salários e lucros é determinada pela política de formação de preços das firmas, ou seja, pelas suas decisões a respeito do nível da taxa de mark-up sobre os custos diretos de produção; (iv) O modelo traz a possibilidade dos capitalistas se financiarem por intermédio do endividamento externo via emissão privada de títulos. Na seqüência, analisa-se a sensibilidade da economia frente a choques exógenos como, por exemplo, variações nas taxas de juros doméstica e internacional, aumento do endividamento externo como proporção do estoque de capital, e alterações na participação dos lucros na renda. Por fim, discute-se a tese de crescimento com poupança externa, segundo a qual, países que não possuem poupança doméstica capaz de financiar o investimento necessário para impulsionar o crescimento econômico, deveriam recorrer à poupança externa como forma de financiar o seu desenvolvimento. Neste sentido, será demonstrada a incapacidade desta poupança em acelerar o crescimento das economias em desenvolvimento. Assim, os modelos de crescimento Keynesianos são colocados na agenda de discussão como uma forma alternativa de se entender os mecanismos de crescimento sustentado das economias capitalistas.