Associação entre a carga viral e os linfócitos T CD4+ com as lesões intra-epiteliais do colo uterino em mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana Association between viral load and CD4+ T lymphocyte count and cervical intraepithelial lesions in HIV-infected women
OBJETIVOS: verificar se a contagem de linfócitos T CD4+ e a carga viral do HIV têm influência na presença de lesões intra-epiteliais cervicais (SIL). MÉTODOS: estudo transversal, no qual foram selecionadas 134 mulheres HIV-positivas, todas submetidas à biópsia do colo uterino, quantificação da carga...
Saved in:
Published in | Revista Brasileira de ginecologia e obstetrícia Vol. 27; no. 3; pp. 106 - 111 |
---|---|
Main Authors | , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
01.03.2005
|
Subjects | |
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | OBJETIVOS: verificar se a contagem de linfócitos T CD4+ e a carga viral do HIV têm influência na presença de lesões intra-epiteliais cervicais (SIL). MÉTODOS: estudo transversal, no qual foram selecionadas 134 mulheres HIV-positivas, todas submetidas à biópsia do colo uterino, quantificação da carga viral do HIV e contagem de linfócitos T CD4+. Os valores laboratoriais da quantificação da carga viral e da contagem de linfócitos T CD4+ foram obtidos antes da realização da biópsia, tendo sido estabelecidos cortes para o estudo da carga viral (<400 cópias/mL; 401 a 50.000 cópias/mL; >50.000 cópias/mL) e contagem de linfócitos T CD4+ (<200 células/mm³; 200 a 350 células/mm³; >350 células/mm³). Foram realizados os testes chi2, chi2 de tendência linear, chi2 de Mantel-Haenszel e análise de variância. Estabeleceu-se significância estatística para p<0,05 e intervalo de confiança a 95%. RESULTADOS: não houve tendência de risco para as mulheres HIV-positivas apresentarem SIL com o aumento da carga viral ou diminuição dos linfócitos T CD4+. Comparando-se a carga viral com a presença ou ausência de SIL, estratificada pelo tempo em que foi quantificada, houve diferença significante para valores acima de 400 cópias/mL (OR: 3,17; IC 95%: 1,02-9,93; p=0,048). Nenhuma associação foi encontrada para a contagem de linfócitos T CD4+ com a presença da SIL. CONCLUSÃO: as pacientes com carga viral do HIV maior que 400 cópias/mL, quantificada antes da biópsia do colo uterino, apresentaram chance 3,17 vezes maior de desencadear SIL. A contagem de linfócitos T CD4+ não influenciou no aparecimento da SIL.PURPOSE: to evaluate CD4+ T lymphocyte cell count and HIV viral load influence on the presence of cervical squamous intraepithelial lesions (SIL). METHODS: cross-sectional study of 134 HIV-infected women submitted to uterine cervical biopsy, HIV viral load quantification and CD4+ T lymphocyte cell count. Viral load and CD4+ T lymphocyte cell count were performed before biopsy timing. Three different levels of viral load (<400 copies/mL; 401 to 50,000 copies/mL; >50,000 copies/mL) and CD4+ T lymphocyte count (<200 cells/mm³; 200 to 350 cells/mm³; >350 cells/mm³) were defined. Data were statistically analyzed by the chi2 test, linear tendency chi2 test, Mantel-Haenszel test, and analysis of variance, with level of significance set at p<0.05 and 95% confidence interval. RESULTS: there was no risk tendency for HIV-infected women to show SIL with viral load level increase or CD4+ T lymphocyte reduction. Comparing viral load with the presence or absence of SIL, stratified by quantification timing, there was a significant difference for values over 400 copies/mL (p=0.048; OR: 3.17; 95% CI: 1,02-9.93). No association was found between CD4+ T lymphocyte cell count and SIL. CONCLUSION: patients with HIV viral load higher than 400 copies/mL, performed before uterine cervical biopsy, showed a 3.17 times greater chance to develop SIL. CD4+ T lymphocyte count had no influence on the development of SIL. |
---|---|
ISSN: | 0100-7203 |
DOI: | 10.1590/S0100-72032005000300002 |