Caracterização do Engaço da Uva e Avaliação do seu Potencial como Matéria‐Prima Lenhocelulósica

O presente estudo avalia a composição química detalhada do engaço da uva de modo a encontrar novas formas para a sua valorização. O engaço da uva é um subproduto vinícola de origem lenhocelulósica, com 30-31% de celulose, 21% de hemicelulose, 17-18% de lenhina, 15-16% de taninos e cerca de 6,0% de p...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inMillenium (Viseu) no. 44
Main Authors Sónia Prozil, Joana Mendes, Dmitry Evtuguin, Luísa P. Cruz Lopes
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Instituto Politécnico de Viseu 01.02.2016
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:O presente estudo avalia a composição química detalhada do engaço da uva de modo a encontrar novas formas para a sua valorização. O engaço da uva é um subproduto vinícola de origem lenhocelulósica, com 30-31% de celulose, 21% de hemicelulose, 17-18% de lenhina, 15-16% de taninos e cerca de 6,0% de proteínas. A análise dos monossacarídeos mostrou que, a seguir à celulose, a xilana é o segundo polissacarídeo mais abundante no engaço (ca. 12%). A celulose foi isolada pelo método Kürscher e Hoffer e foi caracterizada por difração de raios-X (DRX). Esta análise revelou a existência de uma célula unitária típica de celulose I com um elevado grau de cristalinidade (ca. 75%). Também foi possível verificar uma elevada abundância de compostos extratáveis em água (ca. 24%), atribuídos principalmente a sais inorgânicos solúveis, taninos hidrolisáveis e pectinas. A lenhina Klason foi caracterizada por espectroscopia de infravermelho e espectroscopia de ressonância magnética  tendo-se verificado tratar-se de uma lenhina do tipo HGS, com predominância de unidades guaiacilo.
ISSN:0873-3015
1647-662X