Efeito da aplicação de cepas probióticas de Enterococcus faecium nas características físico-químicas e sensoriais de queijo coalho

O queijo coalho é um queijo típico do Nordeste do Brasil, cuja produção e consumo se expandiram consideravelmente para outras regiões do país. Apesar de sua relevância cultural e socioeconômica, o queijo coalho apresenta uma reputação negativa, devido a problemas em seus padrões de qualidade físicoq...

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Published inSemina. Ciências agrárias : revista cultural e científica da Universidade Estadual de Londrina Vol. 42; no. 1
Main Authors Tatiane de Oliveira Xavier Machado, Roberta Verônica dos Santos Carvalho Mesquita, Vanicleia Oliveira da Sillva, Micaele Bagagi Araújo, Anay Priscilla David de Oliveira, Jane Viana de Souza, Marcos dos Santos Lima, Francesca Silva Dias, Rodolfo de Moraes Peixoto
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Universidade Estadual de Londrina 01.01.2021
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Summary:O queijo coalho é um queijo típico do Nordeste do Brasil, cuja produção e consumo se expandiram consideravelmente para outras regiões do país. Apesar de sua relevância cultural e socioeconômica, o queijo coalho apresenta uma reputação negativa, devido a problemas em seus padrões de qualidade físicoquímicos e microbiológicos, principalmente quando é produzido artesanalmente. Por esse motivo, muitos pesquisadores têm buscado alternativas para melhoria da qualidade e notabilidade desse produto, como a aplicação de cepas probióticas que inibem patógenos. No entanto, além da investigação relacionada às propriedades probióticas desejadas e de segurança das cepas para aplicação em alimentos, é importante conhecer as possíveis alterações na matriz alimentícia em virtude dessa adição. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da incorporação de cepas probióticas de Enterococcus faecium nas características físico-químicas e sensoriais de queijo coalho. Os queijos foram elaborados com leite de vaca pasteurizado e adicionados de cepas probióticas de E. faecium durante a produção. Também foram elaborados queijos sem adição das cepas, considerados queijos controle. Os produtos finais foram avaliados quanto a umidade, pH, acidez titulável, carboidratos totais, proteínas, lipídios, cinzas, cor, perfil de ácidos orgânicos e atributos sensoriais. Além disso, procedeu-se a contagem de bactérias ácido lácticas viáveis. Os queijos coalho adicionados de E. faecium apresentaram maior acidez titulável e menor pH. Além disso, houve uma redução no teor de carboidratos, atribuída à degradação da lactose. O. perfil de ácidos orgânicos também variou, destacando-se pelo aumento da concentração de ácido láctico em um fator de 3,5 e pela ausência de ácido cítrico, como possível resultado do metabolismo de E. faecium na produção de compostos aromáticos. Não houve variação na cor nem na aceitação sensorial dos queijos. Portanto, a aplicação das cepas probióticas de E. faecium deste estudo na produção de queijos coalho, altera algumas características físico-químicas, mantendo propriedades importantes, tais como cor e aceitabilidade sensorial do produto final.
ISSN:1676-546X
1679-0359
DOI:10.5433/1679-0359.2021v42n1p167