PARA ALÉM DA GEOPOLÍTICA DO ETANOL – NOVOS DISCURSOS E VELHAS PRÁTICAS DO SETOR CANAVIEIRO NO BRASIL

Este artigo analisa o discurso pró-etanol, forjado e veiculado no último período. Este trabalho parte da argüição sobre a política agrícola brasileira, que sempre se voltou à exportação, desde o período colonial. Inicialmente se discute a problemática da crise ambiental global decorrente da utilizaç...

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Published inRevista Pegada Electrônica Vol. 9; no. 1
Main Authors Valter Machado da Fonseca, Sandra Rodrigues Braga
Format Journal Article
LanguageSpanish
Published Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 01.07.2012
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Summary:Este artigo analisa o discurso pró-etanol, forjado e veiculado no último período. Este trabalho parte da argüição sobre a política agrícola brasileira, que sempre se voltou à exportação, desde o período colonial. Inicialmente se discute a problemática da crise ambiental global decorrente da utilização dos combustíveis fósseis. Retoma-se o debate da origem da monocultura canavieira, no Nordeste, e os fatores econômicos e políticos que determinaram a disseminação deste tipo de cultura para outras regiões do país. O texto debate sobre o PROÁLCOOL, originado no regime militar e os principais aspectos políticos e econômicos embutidos neste projeto. Centrando-se na crise energética, desencadeada pelo esgotamento das fontes de combustíveis fósseis, o texto assinala as contradições do projeto etanol, defendido pelo Estado brasileiro, em consonância com o norte-americano, discorre sobre seu viés ideológico, os setores que dão sustentação a tal discurso, em especial, os usineiros, os banqueiros, os grupos transnacionais de insumos e equipamentos agrícolas e as montadoras de automóveis. Por fim, o artigo enfatiza o problema da crise da produção de alimentos, contrapondo-se aos dados forjados pelo capital, de modo a ajudar a desconstruir o discurso falacioso do Estado brasileiro e do Império capitalista em prol da agroenergia.
ISSN:1676-1871
1676-3025
DOI:10.33026/peg.v9i1.1648