COMORBIDADES ENTRE PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE E SUA ASSOCIAÇÃO COM A DESCOMPENSAÇÃO CLÍNICA

• Published in: Revista Contexto & Saúde Vol. 21; no. 44
• Main Authors: Ana Cláudia de Carvalho Fernandes, Thuane Sales Gonçalves, Hágabo Mathyell Silva, Carina de Morais Neves, Isabela Viana Oliveira, Djenane Ramalho de Oliveira, Adriana Maria Kakehasi, Maria Raquel Costa Pinto, Mariana Martins Gonzaga do Nascimento
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: Editora Unijuí 01.02.2022
• Subjects: Artrite reumatoide; Comorbidade; Diabetes mellitus; Gerenciamento clínico; Idade
• ISSN: 1676-188X; 2176-7114
• DOI: 10.21527/2176-7114.2021.44.12356

A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que acomete as articulações e evolui com incapacidade funcional. Pacientes com AR, frequentemente, apresentam comorbidades que podem influenciar a evolução clínica da doença. Objetivo: avaliar a associação entre comorbidades e o perfil de atividade da AR entre pacientes em acompanhamento ambulatorial em um hospital universitário público. Métodos: trata-se de um estudo transversal, que coletou coletados dados demográficos, de doenças, sobre hábitos de vida e perfil da AR, de uma amostra representativa de pacientes diagnosticados com AR deste ambulatório. Realizou-se uma análise descritiva e análises uni e multivariada para avaliar fatores associados com a variável dependente DAS28 (Disease Activity Score 28). Resultados: Duzentos e um pacientes foram incluídos, destes 172 (85,6%) eram mulheres, e a média de idade foi de 60,3 ± 11,5. Sete pacientes (3.5%) eram obesos, 17 (8.5%) tabagistas, 106 (52,7%) hipertensos, 38 (18,9%) diabéticos e 72 (35,8%) apresentavam dislipidemias. Foi identificado na amostra um índice de comorbidade funcional médio de 2,3 ± 1,19, e uma média de 4,2 ± 2,2 doenças por paciente. Idade maior ou igual a 60 anos (OR=0,40; IC95% 0,21-0,74) e ser diabético (OR=2,96; IC95% 1,30-6,74) mostraram-se associadas com o DAS28 moderado/alto. Conclusão: a presença de comorbidades se mostrou frequente na população estudada, e idade igual ou superior a 60 anos mostrou-se associado negativamente, enquanto o diagnóstico de diabetes mellitus (DM) associado positivamente à atividade da doença moderada à alta. Os achados reforçam a necessidade de monitorização da DM entre esses pacientes, especialmente os mais jovens.