Acesso à anticoncepção de emergência: velhas barreiras e novas questões Access to emergency contraception: old barriers and new questions

OBJETIVO: comparar duas estratégias de acesso à anticoncepção de emergência (AE): informação e informação com entrega antecipada do método, e sua relação com o uso deste método e com o uso regular de anticoncepcionais. MÉTODOS: DE AGosto de 2004 a janeiro de 2005, foram recrutadas voluntárias de 18...

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Published inRevista Brasileira de ginecologia e obstetrícia Vol. 30; no. 2; pp. 55 - 60
Main Authors Ney Francisco Pinto Costa, Elisabeth Anhel Ferraz, Cynthia Teixeira de Souza, Cláudio Felipe Ribeiro da Silva, Mônica Gomes de Almeida
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 01.02.2008
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Summary:OBJETIVO: comparar duas estratégias de acesso à anticoncepção de emergência (AE): informação e informação com entrega antecipada do método, e sua relação com o uso deste método e com o uso regular de anticoncepcionais. MÉTODOS: DE AGosto de 2004 a janeiro de 2005, foram recrutadas voluntárias de 18 a 49 anos, atendidas em clínicas de saúde reprodutiva em seis cidades brasileiras. Os sujeitos foram distribuídos aleatoriamente no grupo que recebeu informação (Grupo Controle) ou no grupo que recebeu informação e entrega antecipada (Grupo Medicado). Houve visitas de seguimento em quatro e oito meses. Para a análise estatística, foram usados os testes de Person e McNemar. RESULTADOS: dos 823 sujeitos recrutados, 407 completaram os oito meses de observação e constituíram a amostra para análise. A maioria dos sujeitos (61%) não usou AE. Os sujeitos do Grupo Medicado usaram mais AE (57%) do que os do Grupo Controle (18%), e o fizeram mais precocemente em relação ao tempo desde a relação sexual desprotegida. Houve aumento significativo no uso regular de anticoncepcionais entre os sujeitos que usaram AE do Grupo Medicado (88% versus 97%) e uma redução sem significado estatístico no Grupo Controle. CONCLUSÕES: informação e entrega antecipada ampliaram o acesso e uso da AE e não reduziram o uso regular de anticoncepcionais, incluindo preservativos.PURPOSE: to compare two strategies of access to emergency contraception: only information and information with previous delivery of this contraceptive method, and its relationship with the use of this method and the regular use of contraceptives. METHODS: from August 2004 to January 2005, 18 to 49-year-old volunteers, attended at reproductive health clinics from six Brazilian towns were recruited. The subjects were randomly distributed in a group getting information about emergency contraception (Control Group), or in a group getting information about this method and previous delivery of the contraceptive (Medicated Group). Follow-up visits occurred into four and eight months. Person and McNemar's tests were used for the statistical analysis. RESULTS: from the 823 recruited subjects, 407 completed the 8-month-observation period and were the sample analyzed. Most of the subjects (61%) did not use the emergency contraceptive. The subjects from the Medicated Group used more emergency contraceptives (57%) than the ones from the Control Group (18%), and they did it more precociously, concerning the time since the unprotected sexual intercourse. There was a significant increase of regular use of contraceptives among the subjects who used emergency contraceptives in the Medicated Group (88% versus 97%) and a statistically nonsignificant decrease in the Control Group. CONCLUSIONS: information and previous delivery intensified the access and use of emergency contraceptives, and did not reduce the regular use of contraceptives, including condoms.
ISSN:0100-7203
DOI:10.1590/S0100-72032008000200002