Crime ou luta?: o auto-engano e a memória perversa

O “Enfermeiro”, de Machado de Assis, expõe o processo de engodo da própria consciência do narrador-personagem e, por meio de forjadas transparência e sinceridade, pretende corromper o leitor. Este processo ultrapassa a simplicidade da mentira e da deliberação consciente e solicita um grau decente de...

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Published inMemento Vol. 3; no. 2; pp. 26 - 37
Main Author Souza Fraietta, Eugênia
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published 2012
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Summary:O “Enfermeiro”, de Machado de Assis, expõe o processo de engodo da própria consciência do narrador-personagem e, por meio de forjadas transparência e sinceridade, pretende corromper o leitor. Este processo ultrapassa a simplicidade da mentira e da deliberação consciente e solicita um grau decente de espontaneidade: a fatalidade engole o crime cometido, o interesse devora a consciência. Configura-se um homem mais complexo que ajustou valores a interesses, e não o conflito romântico entre essência e aparência. Os valores formam-se no conflito, e não nas abstrações seguras
ISSN:1807-9717