Gerenciamento de Impressões pelos Gestores: Uma Perspectiva Sobre A Satisfação Laboral

• Published in: Revista de Contabilidade da UFBA Vol. 15; p. e2116
• Main Authors: Valadares, João Paulo de Assis, Nascimento, Eduardo Mendes, Amaral, Leonardo Barbosa, Da Cunha, Jacqueline Veneroso Alves, Pinto, Diego Henrique Salgueiro
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 11.05.2023
• ISSN: 1984-3704; 1984-3704
• DOI: 10.9771/rcufba.v15i0.35172

O objetivo geral dessa pesquisa foi analisar a relação existente entre o gerenciamento de impressões dos gestores e a satisfação dos colaboradores no ambiente de trabalho. Adicionalmente, procurou-se verificar se existiam relações entre o gerenciamento de impressões e as variáveis descritivas dos gestores, como sexo, idade e estado civil. Para o levantamento de dados foram utilizados dois instrumentos (um para os gestores e outro para seus liderados). A composição da amostra do presente estudo foi feita por conveniência, por meio da técnica de bola de neve. Participaram deste estudo 32 gestores de escritórios contábeis e 67 dos seus funcionários. Os dados da amostra levantada evidenciaram que o gerenciamento de impressão dos gestores e a satisfação laboral apresentam associações fracas e não significativas naquele contexto. Porém, foi possível identificar associação significativa entre a satisfação laboral e variáveis descritivas das empresas analisadas. Os resultados indicam a necessidade dos gestores de refletir sobre a forma como estão se utilizando do Gerenciamento de Impressões (GI), pois tais resultados indicam a pouca efetividade do GI para otimizar a satisfação dos seus liderados. Nesse sentido, não se recomenda a eliminação das técnicas de GI, mas a sua utilização de modo a transmitir uma imagem sincera de simpatia, competência e moralmente confiáveis. Pois, assim, sinalizaria para a quebra de um estereótipo ao indicar que a satisfação laboral está mais relacionada à estrutura e ambiente das entidades do que à imagem pessoal que os gestores tentam construir. Essa perspectiva tende a proporcionar a melhoria do clima organizacional, pois indica que os indivíduos poderiam se dedicar mais às suas atividades laborais, possibilitando ganhos de produtividade e, ainda, que eles poderiam agir de modo mais natural, o que resultaria em menos tensão, considerando que não haveria a necessidade de automonitoramento constante pela busca da imagem ideal.