Perfil epidemiológico das parasitoses intestinais em moradores de uma comunidade da Ilha de Boipeba, Bahia, Brasil

Introdução: as parasitoses intestinais constituem-se um importante problema de saúde pública mundial. Estas infecções são mais prevalentes em regiões tropicais impactando na morbimortalidade e aumento nos custos para o sistema de saúde. Objetivo: avaliar a prevalência das enteroparasitoses e sua ass...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inRevista ciências médicas e biológicas Vol. 20; no. 1; p. 14
Main Authors Vilar, Maria Eduarda Maia, Barreto, Nilo Manoel Pereira Vieira, Soares, Neci Matos, Teixeira, Márcia Cristina Aquino, Mendes, Carlos Maurício Cardeal
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 05.05.2021
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Introdução: as parasitoses intestinais constituem-se um importante problema de saúde pública mundial. Estas infecções são mais prevalentes em regiões tropicais impactando na morbimortalidade e aumento nos custos para o sistema de saúde. Objetivo: avaliar a prevalência das enteroparasitoses e sua associação com as condições socioeconômicas, sanitárias, ambientais e hábitos de vida em uma comunidade costeira do Nordeste brasileiro. Metodologia: estudo epidemiológico, descritivo e transversal, realizado de modo não probabilístico entre março a junho de 2017, com 105 moradores da Ilha de Boipeba, localizada no Sul da Bahia. O exame parasitológico de fezes foi realizado pelos métodos de sedimentação espontânea, Baermann-Moraes e FAUST. Um questionário foi aplicado para avaliar o perfil sociodemográfico da população. Resultados: do total de indivíduos avaliados, 52,4% eram do sexo feminino e 57,1% tinham entre 15 a 59 anos. Todos os indivíduos possuíam água encanada, porém não tratada, enquanto 91,4% referiu ingerir vegetais crus e 45,7% não higienizavam as mãos antes as refeições. Sintomas gastrointestinais foram relatados em 82,8% dos indivíduos e infecções enteroparasitárias foram diagnosticadas em 69,6%. Os parasitos mais frequentemente encontrados foram Ancilostomídeo (18,1%) e Entamoeba coli (43,8%). O principal fator de risco potencial para contrair a infecção por ancilostomídeos foi a não existência de poço artesiano na residência (RP=4,35), enquanto para Trichuris trichiura foi não dispor de pia no banheiro (RP=3,82). Conclusão: a comunidade analisada apresentou elevada prevalência de enteroparasitoses. Os hábitos precários de higiene e de acesso à água tratada, associados às condições ambientais e climáticas do local, podem ter contribuído para a elevada transmissão de geohelmintos observada.
ISSN:1677-5090
2236-5222
DOI:10.9771/cmbio.v20i1.37580