Belo Horizonte para quem? Versões territoriais negras para um espaço planejadamente branco
No presente artigo busco discutir outras possibilidades para pensarmos a cidade, de maneira a problematizar os discursos e práticas que negam as contradições e os conflitos presentes em tal espaço, como aqueles relacionados à raça/etnia. Aponto que muitos dos mecanismos e práticas envolvidos no proc...
Saved in:
Published in | GeoTextos : revista da Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Bahia Vol. 11; no. 1 |
---|---|
Main Author | |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
10.07.2015
|
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | No presente artigo busco discutir outras possibilidades para pensarmos a cidade, de maneira a problematizar os discursos e práticas que negam as contradições e os conflitos presentes em tal espaço, como aqueles relacionados à raça/etnia. Aponto que muitos dos mecanismos e práticas envolvidos no processo de produção do espaço urbano impregnam-se de perspectivas marcadamente eugenista e higienista. Com este olhar e por meio de um discurso de uma suposta democracia racial presente na cidade são estabelecidas estratégias que reforçam a exclusão de negros/ as das dinâmicas socioespaciais urbanas. Não se considera, portanto, os territórios em que este grupo étnico-racial formula outras cartografias urbanas na tentativa de se buscar a revalorização de suas manifestações culturais e identitárias. Porém, as coletividades negras estão forjando contradiscursos que possam ressignificar seus lugares e papéis na sociedade. As discussões aqui apresentadas têm como foco Belo Horizonte/Minas Gerais e se estabelecem a partir da comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, localizada na referida cidade.
Abstract
BELO HORIZONTE FOR WHOM? BLACK VERSIONS TERRITORIAL FOR A WHITE SPACE PLANNED CAREFULLY
In this article I discuss other possibilities for thinking the city in order to problematize the discourses and practices that deny these contradictions and conflicts in such space, such as those related to race/ethnicity. I point out that many of the practices and mechanisms involved in the production of urban space permeate is markedly prospects hygienist and eugenicist. With this and look through a discourse of a supposed racial democracy in this city are established strategies that reinforce the exclusion of blacks the socio-spatial dynamics of urban. There is therefore considers the territories in which this ethnic-racial group makes other urban cartography in an attempt to seek revaluation of their cultural and identity. However, the black communities are forging counter-discourses that might reframe their places and roles in society. The discussions presented here focuses Belo Horizonte/Minas Gerais and settle from the community quilombola Manzo Ngunzo Kaiango located in that city. |
---|---|
ISSN: | 1809-189X 1984-5537 |
DOI: | 10.9771/1984-5537geo.v11i1.12039 |