Apontamentos acerca das referências de Freud a Schopenhauer Trieb e Wille

Este artigo tem por objetivo apresentar e analisar as referências de Freud a Schopenhauer acerca do conceito de pulsão. Freud mantém sempre uma relação reticente com a filosofia, sobretudo, em termos de referências textuais, o que se justifica pela sua preocupação em atribuir um campo fundante para...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inInquietude (Goiânia, GO) Vol. 14; no. 2; pp. 30 - 43
Main Author Brasiliense dos Santos Brito, Aline
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published 29.03.2024
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Este artigo tem por objetivo apresentar e analisar as referências de Freud a Schopenhauer acerca do conceito de pulsão. Freud mantém sempre uma relação reticente com a filosofia, sobretudo, em termos de referências textuais, o que se justifica pela sua preocupação em atribuir um campo fundante para a psicanálise (Assoun, 1978). Apesar disso, são inúmeras as referências filosóficas. Em relação a Schopenhauer, é realizada especificamente em Além do princípio de prazer (1920), no que se refere ao conceito de pulsão (Trieb), ao qual Freud assemelha à vontade (Wille) schopenhauriana e a dualidade nela presente. A vontade (Wille) remete à coisa-em-si kantiana, mas longe de ser uma razão transcendente, inaugura uma filosofia da imanência, onde o corpo e a sexualidade ganham relevância primordial que será novamente retomada pela psicanálise de Freud como principal campo de estudo. This article aims to present and analyze Freud’s references to Schopenhauer about the concept of Trieb. Freud always keeps the reticent relationship with philosophy, above all, in terms of texts references, what is justified for his worry in assigning psychoanalysis a founding field (Assoun, 1978). Although, there are numberless philosophical references. In relation to Schopenhauer, it is carried specifically in Beyond the pleasure principle (1920), with regard to the concept of Trieb, to which Freud liken the Schopenhauerian will (Wille) and the duality present in it. Will (Wille) refers to the Kantian thing-in-itself, but far from being a transcendent reason, it inaugurates a philosophy of immanence, where the body and sexuality gain primordial relevance that will be taken up again by Freud’s psychoanalysis as a main field of study.
ISSN:2177-4838
2177-4838
DOI:10.59780/jqaz7727