A arteterapia como aliada à superação de traumas emocionais em crianças das comunidades próximas à Barragem de rejeitos de Gongo Soco, Minas Gerais

No dia 08/02/2019, as sirenes de alerta soaram à 1 hora da madrugada, acordando as quase 150 famílias das comunidades rurais de Piteira, Tabuleiro, Socorro e Vila do Gongo, pertencentes ao município de Barão de Cocais (MG). Os moradores foram avisados que a Mineradora Vale daria início ao plano de e...

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Published inContribuciones a las ciencias sociales Vol. 17; no. 2; p. e5455
Main Authors Ferreira, Telma Ellen Drumond, Alexandrino, Júnia Soares
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 26.02.2024
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Summary:No dia 08/02/2019, as sirenes de alerta soaram à 1 hora da madrugada, acordando as quase 150 famílias das comunidades rurais de Piteira, Tabuleiro, Socorro e Vila do Gongo, pertencentes ao município de Barão de Cocais (MG). Os moradores foram avisados que a Mineradora Vale daria início ao plano de evacuação da área, determinada pela ANM (Agência Nacional de Mineração), pelo risco iminente de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco, integrante do Complexo Minas Centrais. As pessoas foram transferidas emergencialmente para hotéis e casas de familiares na região. Ao iniciar o ano letivo de 2019, as crianças das famílias desalojadas foram matriculadas em três escolas municipais de Barão de Cocais. Elas tiveram que abandonar a casa em que viviam, seus animais de estimação ficaram sob a proteção da mineradora e muitas delas assistiram à separação da sua família. Este artigo fala sobre um projeto de Extensão Universitária desenvolvido pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que objetivou dar um suporte pedagógico às escolas que receberam essas crianças, através de uma estratégia de apoio na identificação e amenização de possíveis traumas ocasionados pelo desalojamento urgente e obrigatório das famílias. A metodologia do projeto se baseou na técnica da arteterapia, uma área do conhecimento que usa a arte como uma forma de relacionar a expressão verbal e a não-verbal, através de dinâmicas realizadas em oficinas criativas em que o artifício é reconhecido como possibilidade terapêutica, condutor de novas e criativas aprendizagens.
ISSN:1988-7833
1988-7833
DOI:10.55905/revconv.17n.2-366