Uso perinatal da Ketamina na depressão pós-parto: uma revisão integrativa

• Published in: Contribuciones a las ciencias sociales Vol. 17; no. 12; p. e12580
• Main Authors: Costa, Aurélio Molina da, Santos, Maria Clara Barros, Lima, Beatriz Alves Figueiredo, Macêdo, Nickolas Ricardo de, Pinto Neto, Ricardo José da Costa, Souza, Claudinalle Farias Queiroz de, Albuquerque, Geyslane Pereira Melo de
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 11.11.2024
• ISSN: 1988-7833; 1988-7833
• DOI: 10.55905/revconv.17n.12-129

Introdução: A Depressão Pós-Parto (DPP) é um desafio clínico e um problema de saúde pública. Seus sintomas afetam a qualidade de vida das mulheres no puerpério e o cuidado neonatal/infantil, podendo durar semanas, meses ou anos. A Ketamina e seus análogos, fármacos anestésicos, são conhecidos por seus efeitos antidepressivos e vem sendo considerados como opções para prevenir ou tratar a DPP inclusive por serem frequentemente utilizados em procedimentos obstétricos. Objetivo: Avaliar o efeito do uso perinatal da Ketamina e seus derivados na depressão pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos com dados primários. A busca na literatura envolveu as bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS) e Cochrane Library, utilizando descritores específicos e a estratégia PRISMA.  Resultados: Após análise dos títulos, resumos e textos completos foram selecionados oito estudos (seis ensaios clínicos randomizados, um estudo de coorte e um estudo piloto), dos quais seis foram realizados na China, avaliando a incidência de Depressão Pós-Parto (DPP), após o uso de Ketamina, e derivados, com diferentes dosagens. em três momentos do parto cesáreo (antes, durante e imediatamente após o mesmo), com diferentes ocasiões de avaliação (de um dia até 6 meses), sendo que a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) foi o instrumento utilizado em todos os estudos selecionados. Conclusão:  Embora alguns estudos não tenham avaliado o estado emocional das participantes antes do parto, os dados sugerem que a Ketamina e seus derivados podem reduzir sintomas de DPP nas primeiras semanas após o procedimento, mas não em períodos mais longos. A possibilidade do uso desses fármacos no período perinatal para a prevenção e tratamento da DPP parece promissora, mas requer mais e melhores pesquisas para confirmar sua eficácia e garantir sua segurança.