Caracterização dos óbitos por afogamentos ocorridos no estado de Alagoas de 2010 a 2019
O afogamento é uma causa de morte evitável, caracterizado pelo comprometimento respiratório por aspiração de líquido, seja por submersão ou imersão. É definido como fatal ou não fatal, classificado em seis graus, conforme a gravidade da vítima e identificado como primário ou secundário, de acordo co...
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Published in | Contribuciones a las ciencias sociales Vol. 16; no. 9; pp. 16328 - 16345 |
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Main Authors | , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
21.09.2023
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Summary: | O afogamento é uma causa de morte evitável, caracterizado pelo comprometimento respiratório por aspiração de líquido, seja por submersão ou imersão. É definido como fatal ou não fatal, classificado em seis graus, conforme a gravidade da vítima e identificado como primário ou secundário, de acordo com a sua causa. No primário não há indícios de uma causa do afogamento, no secundário existe um fator que impossibilita a vítima se se manter na superfície, como o uso de drogas, convulsão, alcoolismo, entre outros. Causador de cerca de 236.000 óbitos no mundo ao ano, no Brasil em 2019, gerou 4.869 vítimas fatais, tendo a região nordeste em destaque nesse período. Diante dos altos números de óbitos por afogamentos, objetivou-se com este trabalho caracterizar os óbitos por afogamento ocorridos nos anos de 2010 a 2019 no estado de Alagoas. Estudo retrospectivo, descritivo de abordagem quantitativa realizado a partir de dados públicos do DATASUS originados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Incluiu-se 1.255 registros de óbitos por afogamento de 2010 a 2019, que foram analisados com estatística descritiva e análise comparativa. No período estudado foram identificados 51.813 óbitos por afogamentos acidentais no Brasil, uma média de 14 óbitos por dia. Em alagoas 98% dos óbitos por afogamento foram classificados como acidentais e 2% como intencionais (agressão, lesão autoprovocada). Alagoas foi o estado do Nordeste com maior índice de mortalidade por 5 anos, a maioria dos óbitos concentraram-se na região leste do estado (59,5%), com maior percentual na capital Maceió (15,1%), ocorrendo em águas naturais (96,1%), em via pública (51,9%), por afogamento acidental (98%). A média de óbitos por afogamento acidental em Alagoas no período estudado foi de 123,6 óbitos/ano que corresponde a 10,3 óbitos/mês. Quanto a distribuição temporal dos óbitos por ano e mês, observou-se que 2019 foi o ano com menor registro de óbitos (7,4%) e 2010 o ano com o maior registro (13,7%). Houve um alto percentual de óbitos de dezembro a março, com pico no mês janeiro 13,4% e o menor percentual de óbitos foi registrado no mês de julho 5,5%. O perfil das vítimas é de pessoas do sexo masculino, solteiras, de 30 a 39 anos, de escolaridade ignorada e cor parda. Quanto a distribuição temporal, observou-se um aumento do percentual de óbitos no ano de 2010 e nos meses de dezembro a março. Os resultados mostram que o afogamento é um problema de saúde pública nesse estado que importa mitigar. É, portanto, necessário descrever com detalhe o problema e implementar intervenções visando a prevenção de acidentes, direcionada ao público mais afetado, nos locais com maiores riscos de afogamento. |
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ISSN: | 1988-7833 1988-7833 |
DOI: | 10.55905/revconv.16n.9-150 |