Fatores associados ao acesso à Atenção Primária à Saúde por travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro

Trata-se de estudo transversal com o objetivo de analisar os fatores associados ao acesso à Atenção Primária à Saúde em um conjunto de travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro. Durante o período de julho de 2019 a março de 2020, 139 travestis e mulheres trans de um ambulatório especializado fora...

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Published inContribuciones a las ciencias sociales Vol. 16; no. 12; pp. 33934 - 33956
Main Authors Rafael, Ricardo de Mattos Russo, Da Silva, Juliana Mendes, Guimarães, Daniel Barbosa, De Sant'anna, Livia Maria Silva, Da Costa, Deusineth de Oliveira Ferreira, Depret, Davi Gomes, Velasque, Luciane de Souza, Santos, Helena Gonçalves de Souza
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 28.12.2023
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Summary:Trata-se de estudo transversal com o objetivo de analisar os fatores associados ao acesso à Atenção Primária à Saúde em um conjunto de travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro. Durante o período de julho de 2019 a março de 2020, 139 travestis e mulheres trans de um ambulatório especializado foram incluídas no estudo. Os resultados indicaram que 56,11% das travestis e mulheres trans tinham algum grau de acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde. A análise de regressão mostrou efeitos negativos para aquelas vivendo com HIV (RPa: 0,75; IC95%: 0,56-0,99; p-valor 0,049) e para as que eram solteiras (RPa: 0,71; IC95%: 0,53-0,95; p-valor 0,020) em relação à presença de Atenção Primária. As participantes com algum grau de acesso (matrícula na Atenção Primária) relataram baixa acessibilidade (Média: 3,02; IC95%: 2,58-3,47) e utilização (Média 5,59; IC95%: 4,71-6,47). Não foram encontradas diferenças significativas relacionadas a outros fatores. Apesar da expansão da cobertura de Atenção Primária à Saúde no país, este estudo destacou a assimetria no acesso de travestis e mulheres trans à Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro. Se faz urgente a tomada de responsabilidade da Atenção Primária no reconhecimento de corpos trans e no provimento imediato de um atendimento mais integral a este grupo populacional.
ISSN:1988-7833
1988-7833
DOI:10.55905/revconv.16n.12-289