Mudanças no comportamento/humor das crianças do nordeste durante a pandemia de Covid-19

• Published in: Contribuciones a las ciencias sociales Vol. 16; no. 12; pp. 33508 - 33522
• Main Authors: Portela, Regilene Alves, Chaves, Edna Maria Camelo, De Santana, Cícero Fellipe Diniz, Monteiro, Jaqueline Santos Guimarães
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 22.12.2023
• ISSN: 1988-7833; 1988-7833
• DOI: 10.55905/revconv.16n.12-264

Durante a pandemia de Covid-19, foi um período de grandes mudanças, adaptações para as famílias em especial para as crianças e adolescentes. O objetivo dessa pesquisa foi analisar o comportamento de crianças do nordeste e as atividades que elas desenvolveram durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa foi realizada com famílias da região Nordeste, no período de setembro de 2020 a dezembro de 2021. Com amostra de 625 crianças entre 4 a 11 anos de idade. O tratamento dos dados e a análise estatística utilizou o Microsoft Excel e o Python, com o teste de qui-quadrado e regressão logística. Como resultados constatamos que as crianças moravam na Paraíba (26,1%), no Rio Grande do Norte (24%), Ceará (18,6%) e Pernambuco (7,4%); a maioria das famílias (82,6%) tinha 1 filho; A faixa etária das crianças era de 4 a 6 anos (45%), seguida de 7 a 9 anos (36%). Quanto às atividades que as crianças mais desenvolveram durante a pandemia, a maioria (87,8%%) utilizou telas, seguida de atividades relacionadas aos estudos (41,4%) e atividades ao ar livre (39,3%). Quase metade dos pais (49,4%) confessaram conseguir organizar a rotina para crianças, a maioria relatou que 81% das crianças apresentaram alguma mudança no comportamento/humor, sendo a ansiedade (48,4%) a mais citada, seguida de falta de interesse por atividades (31,2%), agressividade (27,9%) e alguns apresentaram-se manhosos (27,9%). Houve correlação entre o uso de telas e a mudanças de comportamento/humor. Conclui-se que é importante destacar a necessidade dos pais serem orientados e apoiados em como lidar com situações semelhantes de forma a incentivar a conversa com a criança, a observação quanto ao seu comportamento, além de incentivar outras atividades lúdicas e ao ar livre, para que a criança tenha meios de suportar e superar situações adversas.