Adaptações socioeconômicas à sazonalidade hídrica: um estudo de caso na comunidade de São Francisco, Amazonas

• Published in: Delos (Málaga) Vol. 17; no. 60; p. e2069
• Main Authors: Silva, Antônio Timóteo Printes da, Silva, Carlos Augusto da, Fraxe, Therezinha de Jesus Pinto, Romero, Flora Magdaline Benitez
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 03.10.2024
• ISSN: 1988-5245; 1988-5245
• DOI: 10.55905/rdelosv17.n60-017

Este artigo analisa as adaptações socioeconômicas à sazonalidade hídrica enfrentadas pela Comunidade de São Francisco, situada na Ilha da Costa da Terra Nova, Amazonas. Por meio de uma abordagem mista, qualitativa e quantitativa, investiga-se como essa comunidade lida com as flutuações sazonais de seca e cheia, que impactam significativamente suas atividades econômicas, principalmente a agricultura e a pesca. Através de entrevistas semiestruturadas, observações diretas e análise documental, dados sobre as estratégias de sobrevivência econômica durante o período de seca foram coletados e analisados. Os resultados apontam para uma gestão eficiente dos recursos, permitindo que a comunidade não só sobreviva, mas também prospere durante os períodos de seca. A análise financeira revela um lucro substancial, evidenciando a capacidade da comunidade de otimizar suas atividades econômicas quando as condições são mais favoráveis. A diversificação de fontes de renda e a eficácia na gestão de custos são identificadas como fundamentais para a resiliência econômica da comunidade. As conclusões deste estudo sugerem que as estratégias adaptativas desenvolvidas pela Comunidade de São Francisco podem servir como modelos para outras comunidades ribeirinhas que enfrentam desafios semelhantes. Além disso, enfatiza-se a importância da implementação de políticas públicas que fortaleçam a infraestrutura e a gestão de recursos, para auxiliar essas comunidades a superarem as adversidades causadas pela variabilidade climática. Recomenda-se a realização de pesquisas futuras para explorar como as mudanças climáticas globais podem influenciar a sazonalidade dos rios e, consequentemente, as práticas econômicas dessas comunidades ribeirinhas.