Mulheres nutricionistas gestoras nos serviços de alimentação

 No Brasil, mais de 95% dos profissionais em Nutrição são mulheres. Essa realidade tem uma tradição já delimitada desde os primeiros momentos de profissionalização do campo no país, quando as associações profissionais já afirmavam, em 1959, a “afinidade feminina” do campo de conhecimento. Tal imagem...

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Published inOBSERVATÓRIO DE LA ECONOMÍA LATINOAMERICANA Vol. 21; no. 8; pp. 8561 - 8573
Main Authors Nichele, Marta, Silva, Amanda, Mendes, Jordana
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 10.08.2023
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Summary: No Brasil, mais de 95% dos profissionais em Nutrição são mulheres. Essa realidade tem uma tradição já delimitada desde os primeiros momentos de profissionalização do campo no país, quando as associações profissionais já afirmavam, em 1959, a “afinidade feminina” do campo de conhecimento. Tal imagem é ainda intercalada com o papel de mãe e esposa, caracterizando o trabalho feminino voltado ao cuidado, ao afeto e à extensão da jornada doméstica. Nesta comunicação, interessa compreender a liderança feminina na profissão de nutricionista na dimensão dos estudos de desenvolvimento comunitário e o protagonismo de mulheres nesse campo de conhecimento e mercado de trabalho. O presente estudo objetivou conhecer a percepção das nutricionistas quanto aos temas do gênero e do trabalho nos serviços de alimentação em um município do Oeste de Santa Catarina, Brasil. O instrumento utilizado foi um questionário semiestruturado autoaplicável respondido por 7 nutricionistas. Verificou-se que as profissionais sentem-se qualificadas e buscam aperfeiçoamento contínuo e periódico através da educação continuada. As funções administrativas, como o controle financeiro e a gestão de pessoas, foram apontadas como os principais desafios e ao mesmo tempo consideradas sinônimos de conquista e autonomia feminina. Percebeu-se que promover e preservar a qualidade do trabalho executado é essencial para as nutricionistas e a acessão profissional é o resgate da posição no trabalho e a identidade feminina aceita.
ISSN:1696-8352
1696-8352
DOI:10.55905/oelv21n8-040