SOU CRIANÇA, ESTOU NO HOSPITAL EXPOSIÇÃO DE TELAS FEITAS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE UMA ENFERMARIA PEDIÁTRICA

A hospitalização na infância/adolescência separa os sujeitos de seu ambiente e relações habituais, expondo-os muitas vezes a rotinas inflexíveis, pessoas, equipamentos e procedimentos desconhecidos; tratamentos agressivos e assustadores, podendo desencadear sentimentos como angústia, ansiedade, agre...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inSaberes Plurais (Online) Vol. 7; no. 1; p. e130317
Main Authors Sposito, Amanda Mota Pacciulio, Pfeifer, Luzia Iara, Panúncio-Pinto, Maria Paula
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 02.05.2023
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:A hospitalização na infância/adolescência separa os sujeitos de seu ambiente e relações habituais, expondo-os muitas vezes a rotinas inflexíveis, pessoas, equipamentos e procedimentos desconhecidos; tratamentos agressivos e assustadores, podendo desencadear sentimentos como angústia, ansiedade, agressividade, passividade, negativismo e medo. O hospital não deve, entretanto, ser apenas espaço de dor e sofrimento, uma vez que também oferece cura e alívio dos sintomas, podendo ainda ser espaço humanizado para realização de atividades lúdicas e prazerosas. Este relato de experiência tem o objetivo de descrever o processo de produção plástica de telas, as quais compuseram uma exposição. As telas foram elaboradas por crianças e adolescentes hospitalizados, durante os atendimentos de Terapia Ocupacional. Propôs-se que os sujeitos expressassem, livremente, o que significa a hospitalização para eles, como se sentem no hospital ou ainda que retratassem algo marcante da internação. Foram disponibilizados materiais diversos, tais como tintas, colas coloridas, pincéis, glitter, purpurina, revistas, tesoura, cola, lápis, borracha e régua, além das telas de diferentes tamanhos, possibilitando, assim, a livre criação e expressão, individual e grupal. As treze telas produzidas foram expostas no saguão de entrada do hospital, para visualização pelos visitantes de pacientes e por profissionais de saúde. Foi disponibilizado um caderno para comentários e críticas do público. A maioria das crianças e adolescentes retratou aspectos que consideram positivos na hospitalização. Sentimentos negativos despertados pela internação foram expressos e sugestões de melhorias no ambiente foram relatadas. A experiência relatada propiciou que as crianças e adolescentes se expressassem livremente e se tornassem sujeitos ativos de seu processo. A exposição favoreceu ainda a interação com os profissionais de saúde, despertando seu olhar para as vivências dos pacientes.
ISSN:2525-507X
2525-507X
DOI:10.54909/sp.v7i1.130317