Raquianestesia e parada cardíaca: uma revisão de literatura
INTRODUÇÃO: A raquianestesia é uma técnica anestésica muito importante na prática da anestesiologia, devido ao seu elevado índice de sucesso, previsibilidade e satisfação por parte dos pacientes, além do baixo índice de complicações. Contudo, ainda existem alguns efeitos adversos. Dentre as possívei...
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Published in | STUDIES IN HEALTH SCIENCES Vol. 4; no. 1; pp. 152 - 160 |
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Main Authors | , , , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
06.03.2023
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Summary: | INTRODUÇÃO: A raquianestesia é uma técnica anestésica muito importante na prática da anestesiologia, devido ao seu elevado índice de sucesso, previsibilidade e satisfação por parte dos pacientes, além do baixo índice de complicações. Contudo, ainda existem alguns efeitos adversos. Dentre as possíveis complicações relacionadas a esse tipo de anestesia, a parada cardiorrespiratória (PCR) constitui como uma das mais graves. Mesmo sendo infrequente, os dados que tentam esclarecer sua real incidência são ainda bastante confusos e contraditórios. Em estudos recentes, a incidência de PCR durante a raquianestesia tem relatado ser 2,5–6,4 por 10.000 procedimentos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura especializada, na base de dados da PubMed, com os descritores: “Spinal anesthesia” AND “cardiac” AND “arrest” nos últimos 5 anos. Foram selecionados 7 artigos científicos. Foram incluídos apenas artigos em inglês e realizados em humanos, e excluídos artigos que não se enquadraram nos objetivos do presente estudo. RESULTADOS: A raquianestesia atua, principalmente, no sistema parassimpático do paciente, por isso, pode causar repercussões hemodinâmicas no mesmo. Dessa forma, a percepção de sintomas como hipotensão e bradicardia são comuns em tal procedimento. Entretanto, a evolução dessa sintomatologia para eventos mais graves, como a PCR, é mais rara. Apesar dessa condição rara, deve-se estar atento para uma possível PCR, pois tal intercorrência pode causar o pior desfecho possível para o paciente, que é o óbito. Na literatura, a parada cardíaca foi relatada dentro de 12-72 min após a raquianestesia, enquanto outros efeitos colaterais cardiovasculares foram relatados até 3 a 5 horas após a administração medicamentosa. Em relação a incidência, foi dito que a PCR ocorre em 1.3 a 18 pacientes em um total de 10000 pessoas submetidas à raquianestesia, dependendo da experiência da equipe de Anestesiologia. CONCLUSÃO: Através dos resultados obtidos e analisados pelo estudo, mostrou-se que a raquianestesia pode provocar alterações no sistema parassimpático, como hipotensão e bradicardia. Além disso, a ocorrência de parada cardiorrespiratória súbita durante a raquianestesia é um evento incomum, mas o monitoramento constante do paciente pela equipe de anestesia e o conhecimento acerca das possíveis complicações e contra-indicações desse procedimento é imprescindível para evitar tal evento. |
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ISSN: | 2764-0884 2764-0884 |
DOI: | 10.54022/shsv4n1-016 |