Raquianestesia e parada cardíaca: uma revisão de literatura

INTRODUÇÃO: A raquianestesia é uma técnica anestésica muito importante na prática da anestesiologia, devido ao seu elevado índice de sucesso, previsibilidade e satisfação por parte dos pacientes, além do baixo índice de complicações. Contudo, ainda existem alguns efeitos adversos. Dentre as possívei...

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Published inSTUDIES IN HEALTH SCIENCES Vol. 4; no. 1; pp. 152 - 160
Main Authors Santana, Natan Augusto de Almeida, Santana, Alexandre Augusto de Andrade, De Freitas, Yuri Borges Bitu, Tessari, Bernardo Malheiros, Póvoa, Gustavo Rodrigues, Landim, Gregor Moraes, Sá, Isabela de Paula, Do Prado, Gabriel Corrêa
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 06.03.2023
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Summary:INTRODUÇÃO: A raquianestesia é uma técnica anestésica muito importante na prática da anestesiologia, devido ao seu elevado índice de sucesso, previsibilidade e satisfação por parte dos pacientes, além do baixo índice de complicações. Contudo, ainda existem alguns efeitos adversos. Dentre as possíveis complicações relacionadas a esse tipo de anestesia, a parada cardiorrespiratória (PCR) constitui como uma das mais graves. Mesmo sendo infrequente, os dados que tentam esclarecer sua real incidência são ainda bastante confusos e contraditórios. Em estudos recentes, a incidência de PCR durante a raquianestesia tem relatado ser 2,5–6,4 por 10.000 procedimentos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura especializada, na base de dados da PubMed, com os descritores: “Spinal anesthesia” AND “cardiac” AND “arrest” nos últimos 5 anos. Foram selecionados 7 artigos científicos. Foram incluídos apenas artigos em inglês e realizados em humanos, e excluídos artigos que não se enquadraram nos objetivos do presente estudo. RESULTADOS: A raquianestesia atua, principalmente, no sistema parassimpático do paciente, por isso, pode causar repercussões hemodinâmicas no mesmo. Dessa forma, a percepção de sintomas como hipotensão e bradicardia são comuns em tal procedimento. Entretanto, a evolução dessa sintomatologia para eventos mais graves, como a PCR, é mais rara. Apesar dessa condição rara, deve-se estar atento para uma possível PCR, pois tal intercorrência pode causar o pior desfecho possível para o paciente, que é o óbito. Na literatura, a parada cardíaca foi relatada dentro de 12-72 min após a raquianestesia, enquanto outros efeitos colaterais cardiovasculares foram relatados até 3 a 5 horas após a administração medicamentosa. Em relação a incidência, foi dito que a PCR ocorre em 1.3 a 18 pacientes em um total de 10000 pessoas submetidas à raquianestesia, dependendo da experiência da equipe de Anestesiologia. CONCLUSÃO: Através dos resultados obtidos e analisados pelo estudo, mostrou-se que a raquianestesia pode provocar alterações no sistema parassimpático, como hipotensão e bradicardia. Além disso, a ocorrência de parada cardiorrespiratória súbita durante a raquianestesia é um evento incomum, mas o monitoramento constante do paciente pela equipe de anestesia e o conhecimento acerca das possíveis complicações e contra-indicações desse procedimento é imprescindível para evitar tal evento.
ISSN:2764-0884
2764-0884
DOI:10.54022/shsv4n1-016