Prevalência e determinantes de erros refrativos em crianças: uma revisão sistemática sobre doenças oculares pediátricas

Introdução: Erros refrativos, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, são as principais causas de deficiência visual em crianças, impactando negativamente o desenvolvimento cognitivo, social e acadêmico. A prevalência desses erros varia significativamente entre diferentes populações, influenciada...

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Published inJournal Archives of Health Vol. 5; no. 3; p. e2404
Main Authors Outi, Hayani Yuri Ferreira, Perdigão, Luiza Almeida, Almeida, Stella Aquino, Nascimento Júnior, Sílvio Carlos, Soares, Rafael Carvalho de Deus, Madeiro, Mariana Lima, Ciancio, Juliana Mori
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 09.09.2024
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Summary:Introdução: Erros refrativos, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, são as principais causas de deficiência visual em crianças, impactando negativamente o desenvolvimento cognitivo, social e acadêmico. A prevalência desses erros varia significativamente entre diferentes populações, influenciada por fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar a prevalência e os fatores de risco associados aos erros refrativos em crianças, sintetizando evidências de estudos recentes e identificando áreas críticas para intervenção e políticas de saúde pública. Métodos: Foi conduzida uma revisão sistemática utilizando as diretrizes PRISMA, com buscas nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e Cochrane Library. Foram incluídos estudos publicados entre 2011 e 2024 que investigaram a prevalência e os fatores de risco para miopia, hipermetropia, astigmatismo e ambliopia em crianças. Critérios de inclusão abrangeram estudos observacionais com populações pediátricas e métodos de diagnóstico definidos. A heterogeneidade foi avaliada com o índice I² e o teste Q de Cochran, e uma meta-análise de efeitos aleatórios foi realizada para estimar a prevalência combinada dos erros refrativos. Resultados: A prevalência combinada dos erros refrativos em crianças foi estimada em 22% para miopia, 18% para hipermetropia, 16% para astigmatismo e 12% para ambliopia. A heterogeneidade entre os estudos foi significativa, sugerindo variabilidade nas prevalências devido a fatores genéticos, ambientais e metodológicos. Análises de subgrupos indicaram que as prevalências eram mais altas em populações urbanas e em crianças expostas a menos luz natural. Fatores de risco como histórico familiar, aumento do tempo de atividades de perto, redução do tempo ao ar livre e certas condições sistêmicas foram identificados como determinantes críticos para o desenvolvimento dos erros refrativos. Conclusão: Os resultados destacam a necessidade de estratégias direcionadas para a triagem precoce e o manejo adequado dos erros refrativos em crianças, adaptadas às características específicas de cada população. Políticas de saúde pública devem enfatizar a prevenção e a intervenção precoce para reduzir a carga desses distúrbios oculares na infância.
ISSN:2675-4711
2675-4711
DOI:10.46919/archv5n3-028