Música e experiência na era da reprodução digital
O artigo busca destacar as conexões entre a indústria fonográfica global e as experiências em nível local. Apresenta o argumento de que os desafios enfrentados pelas grandes gravadoras com a revolução digital devem ser compreendidos enquanto um fenômeno relacionado a inúmeras performances musicais a...
Saved in:
Published in | Anuário antropológico Vol. 39 n.1; pp. 219 - 240 |
---|---|
Main Author | |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
2014
|
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | O artigo busca destacar as conexões entre a indústria fonográfica global e as experiências em nível local. Apresenta o argumento de que os desafios enfrentados pelas grandes gravadoras com a revolução digital devem ser compreendidos enquanto um fenômeno relacionado a inúmeras performances musicais ao redor do mundo. A temática é abordada por meio da análise de um caso particular: o mercado musical em Cabo Verde. São apresentados dois tipos de eventos: as noites cabo-verdianas e as tokatinas. Observando a resiliência da música ao vivo (em Cabo Verde e em tantos outros lugares), sugiro que o estado atual da indústria musical pode ser interpretado como um restabelecimento do valor das pessoas. Mesmo com a introdução das novas tecnologias digitais, o artista não perdeu o seu valor. A música ao vivo pressupõe a valorização das experiências singulares e das relações entre pessoas, não importa quão efêmeras elas sejam.
The article highlights the connections between the global music industry and experiences at the local level. It argues that the challenges faced by major record labels with the digital revolution should be understood as a phenomenon related to numerous musical performances around the world. This debate is addressed through the analysis of a particular case: the music market in Cape Verde. Two kinds of events are described: Cape Verdean nights and tokatinas. Noting the resilience of live music (in Cape Verde and in many other places), I suggest that the current state of the music industry can be interpreted as a reinstatement of the value of people. Even with the introduction of new digital technologies, the artist has not lost his/her value. Live music requires the valuing of unique experiences and relationships between people, no matter how ephemeral they are. |
---|---|
ISSN: | 0102-4302 2357-738X |
DOI: | 10.4000/aa.702 |