NEUROPLASTICIDADE E RECUPERAÇÃO FUNCIONAL PÓS-AVE: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução: Sabe-se que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma causa importante de morbidade ao redor do globo; além de ter altos índices de mortalidade, é também uma das patologias mais comumente associadas a sequelas à longo prazo. Atualmente, a plasticidade cerebral é considerada por muitos c...

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Published inPeriódicos Brasil. Pesquisa Científica Vol. 3; no. 2; pp. 1916 - 1921
Main Authors Magalhães, Vanessa, Duarte de Azevedo, Rafaella, Kaliane Dantas de Medeiros, Isis, Mendonça da Costa, Thais, Lopes Almeida, Maria Mauricelia, Lopes da Silva, Guilherme, De Morais Silva, Ivamara, Yane Oliveira de Medeiros, Debora, Bruna da Silva Lopes, Samantha, Dias de Oliveira Campos, Maíra, De Sousa Almeida, Marines, Mota Cavalcante, Lívia, Queiroz Rêgo, Fernanda, Lima de Farias Cavalcante, Yasmin, Amorim Costa, Jordana, Barbosa Tabuso Fiuza, Priscila
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published 17.09.2024
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Summary:Introdução: Sabe-se que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma causa importante de morbidade ao redor do globo; além de ter altos índices de mortalidade, é também uma das patologias mais comumente associadas a sequelas à longo prazo. Atualmente, a plasticidade cerebral é considerada por muitos como a melhor chance que pacientes acometidos por tais sequelas têm de terem uma boa recuperação de sua capacidade funcional, tendo em vista que o cérebro é um órgão adaptável e que, diferentemente do que se pensava antes, nem toda lesão que o acomete é de caráter irreversível. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa acerca do tema proposto, embasada em artigos científicos completos em português ou inglês, anexados em bases dados como PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual de Saúde e outros, no recorte temporal entre 2004 e 2024, usando de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para selecionar os trabalhos que melhor se encaixam na pesquisa. Resultados e discussão: A priori, estudos usando técnicas de neuroimagem e neurofisiologia foram aplicadas no cérebro de pacientes pós-AVE para investigar mais a fundo a dinâmica motora do órgão lesado; os resultados de tais pesquisas, por sua vez, indicam que áreas motoras não primárias podem contribuir significativamente para o movimento do membro parético após o AVE. Ao se ter conhecimento desse padrão de funcionamento cerebral, por sua vez, é possível respaldar o desenvolvimento de técnicas mais direcionadas à remodulação do encéfalo lesionado, de forma a tentar minimizar as sequelas de tais lesões; exemplos destas técnicas são a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a  estimulação transcraninana de corrente contínua (ETCC). Conclusão: Com base no exposto, possível inferir que a neuroplasticidade é, de fato, uma ferramenta importante na condução de pesquisas atuais sobre a reabilitação de pacientes com sequelas de Acidente Vascular Encefálico. O conhecimento sobre tal característica do encéfalo é crucial para embasar terapias de suporte mais modernas e menos invasivas. Introduction: It is known that Stroke (Cerebrovascular Accident - CVA) is a major cause of morbidity worldwide; in addition to having high mortality rates, it is also one of the most commonly associated pathologies with long-term sequelae. Currently, brain plasticity is considered by many as the best chance that patients affected by such sequelae have for a good recovery of their functional capacity, considering that the brain is an adaptable organ and, contrary to what was previously thought, not all injuries to it are irreversible. Methodology: This is an integrative review on the proposed topic, based on complete scientific articles in Portuguese or English, found in databases such as PubMed, SciELO, Virtual Health Library, and others, within the time frame between 2004 and 2024. Health Science Descriptors (DeCS) were used to select the studies that best fit the research. Results and Discussion: Initially, studies using neuroimaging and neurophysiological techniques were applied to the brains of post-stroke patients to further investigate the motor dynamics of the injured organ; the results of such research indicate that non-primary motor areas may significantly contribute to the movement of the paretic limb after stroke. Understanding this brain function pattern, in turn, supports the development of more targeted techniques for the remodeling of the injured brain, aiming to minimize the sequelae of such injuries; examples of these techniques include transcranial magnetic stimulation (TMS) and transcranial direct current stimulation (tDCS). Conclusion: Based on the above, it is possible to infer that neuroplasticity is indeed an important tool in current research on the rehabilitation of patients with stroke sequelae. Knowledge of this brain characteristic is crucial to support more modern and less invasive therapeutic approaches.
ISSN:2674-9432
2674-9432
DOI:10.36557/pbpc.v3i2.241