Diferenças na apresentação e diagnóstico de transtorno do espectro autista em meninos e meninas: percepção dos profissionais da saúde Differences in presentation and diagnosis of autistic spectrum disorder in boys and girls: perception of healthcare professionals

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizado por dois domínios principais, os padrões restritivos e os repetitivos de comportamento. O diagnóstico do autismo baseia-se principalmente na observação de características comportamentais sociais...

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Published inBrazilian Journal of Development Vol. 8; no. 9; pp. 63158 - 63171
Main Authors De Lara, Isabella Christina Amaral, Sanches, Carolyna Harche, Paglia, Bianca Altrão Ratti, Da Silva, Maria Fernanda Piffer Tomasi Baldez
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 20.09.2022
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Summary:O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizado por dois domínios principais, os padrões restritivos e os repetitivos de comportamento. O diagnóstico do autismo baseia-se principalmente na observação de características comportamentais sociais e de comunicação. Sua incidência é quatro vezes maior no sexo masculino do que no feminino, sendo que as mulheres muitas vezes são subdiagnosticadas e/ou diagnosticadas tardiamente. A hipótese de que existe uma manifestação feminina específica das dificuldades autistas foi proposta com o objetivo de explicar essa dificuldade de diagnóstico no sexo feminino. Nesse estudo, buscou-se apresentar a percepção dos profissionais da saúde acerca das diferenças no diagnóstico e na apresentação clínica do TEA em pacientes do sexo feminino e masculino, através de um questionário, aplicado de forma qualitativa. Identificamos que embora os profissionais não percebam grandes disparidades, alguns sintomas ocorreram mais frequentemente em meninas, principalmente a habilidade de mascarar as manifestações clínicas por estratégias aprendidas. Juntamente a esse achado, observamos que há dificuldade em se diagnosticar meninas com TEA, tanto pela evidente existência de um fenótipo feminino do transtorno, como pela falta de um instrumento diagnóstico que contemple essa heterogeneidade da apresentação clínica. Dessa forma, esperamos fornecer um melhor entendimento acerca da diferença na apresentação do transtorno e da dificuldade de se fazer o diagnóstico em pacientes com apresentação atípica, o que poderá auxiliar os profissionais na identificação desse grupo de pacientes e no manejo dos mesmos, contribuindo para a melhora de sua qualidade de vida e convivência em sociedade.
ISSN:2525-8761
2525-8761
DOI:10.34117/bjdv8n9-182