Microcefalia e Zika Vírus: cenário do perfil epidemiológico do Brasil nos anos de 2015 a 2021 Microcephaly and Zika Virus: scenario of the epidemiological profile of Brazil in the years 2015 to 2021
Introdução: Em outubro de 2015 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou situação de emergência internacional em função do aumento da incidência de microcefalia em zonas endêmicas com a proliferação do Zika vírus. No Brasil foi observado um aumento inesperado do número de casos de nascidos vivos...
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Published in | Brazilian Journal of Development Vol. 8; no. 11; pp. 73048 - 73059 |
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Main Authors | , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
11.11.2022
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Summary: | Introdução: Em outubro de 2015 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou situação de emergência internacional em função do aumento da incidência de microcefalia em zonas endêmicas com a proliferação do Zika vírus. No Brasil foi observado um aumento inesperado do número de casos de nascidos vivos com microcefalia primaria, sendo então a hipótese da existência de uma associação causal da infecção congênita pelo vírus Zika com a microcefalia (1,2) exposta inicialmente no país. Objetivo: Analisar o perfil do cenário epidemiológico da Microcefalia e Zika Vírus do Brasil nos anos de 2015 a 2021. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, dedutivo, de natureza básica, descritivo, e com abordagem quantitativa com dados obtidos a partir de dados de recém-nascidos vivos extraídos do SINASC, do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN Web) e ainda dos Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde entre os anos 2015 à 2021. Resultados e Discussão: Analisando os dados epidemiológicos coletados no SINASC, pré período da epidemia de Zika vírus e pós, evidencia-se um aumento na prevalência média do Brasil de recém nascidos com microcefalia, com a prevalência registrada até o ano de 2014 de 5,4 /100 mil nascidos vivos, e no ano de 2015 e 2016, no qual o país vivenciou a epidemia, a prevalência foi de 12,8 e 79,6 /100 mil nascidos vivos. A região Nordeste, no ano de 2015, concentrou 76% dos casos de microcefalia, sendo possível evidenciar que nesse ano 71% das mães residiam no Nordeste, 70% tinham até 24 anos de idade e das mães que tinham menos que oito anos de estudo, 78% residiam na região Nordeste, o que elucida a existência de condições ambientais e sociais propicias para a propagação do Zika vírus e a infecção de gestantes na região Nordeste. Conclusão: Os dados epidemiológicos, assim como a gravidade das consequências trazidas pela epidemia do Zika vírus, como a Síndrome Congênita do Zika vírus, são alertas para a importância da tomada de ações coordenadas entre vigilância e atenção à saúde com intuito de fortalecer a prevenção de novos casos assim como a promoção da saúde. |
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ISSN: | 2525-8761 2525-8761 |
DOI: | 10.34117/bjdv8n11-151 |