Saber popular e conhecimento científico na comercialização de plantas medicinais para saúde bucal

O objetivo deste estudo foi investigar o perfil socioeconômico de erveiros, o conhecimento acerca dos produtos que comercializam e as principais ervas indicadas para afecções bucais. Foi realizado estudo de campo com visita à 22 feiras da cidade de Belém, Pará, Brasil. A amostra foi coletada por con...

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Published inRevista Fitos Vol. 15; no. 4; pp. 482 - 493
Main Authors Emmi, Danielle Tupinambá, Melo, Fernanda Oliveira Brelaz, Araújo, Marizeli Viana de Aragão
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 17.12.2021
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Summary:O objetivo deste estudo foi investigar o perfil socioeconômico de erveiros, o conhecimento acerca dos produtos que comercializam e as principais ervas indicadas para afecções bucais. Foi realizado estudo de campo com visita à 22 feiras da cidade de Belém, Pará, Brasil. A amostra foi coletada por conveniência com 40 erveiros que trabalhavam no ramo, em período mínimo de 01 ano, que responderam um questionário semiestruturado. Os dados foram trabalhados de forma descritiva, utilizando os testes G e teste de Fisher para análise entre variáveis (α=0,05). A maioria dos erveiros é de mulheres (62,5%), que adquiriu conhecimento sobre ervas com os familiares (75%, p=0,17), nunca participou de cursos sobre o tema (70,0%, p=0,09), afirmou que existem ervas tóxicas (72,5%, p=0,72), mas que estas não apresentam contraindicações (90,0%, p=0,61). Entre as ervas mais recomendadas, foram citadas a semente do jucá (Libidibia férrea (Mart. ex Tul.) LPQueiroz (Fabaceae)) (70%) e a casca do cajuí (Anacardium occidentale) (25%). A venda das ervas medicinais para afecções bucais é uma prática comum, sendo que a comercialização ocorre, sobretudo, de forma empírica. Assim, há necessidade da capacitação dos erveiros, para associação do conhecimento tradicional ao científico, para que a população tenha acesso a produtos mais eficazes.
ISSN:1808-9569
2446-4775
DOI:10.32712/2446-4775.2021.1119