DO EGOÍSMO PSICOLÓGICO A COMPAIXÃO METAFÍSICA: CONTRIBUIÇÕES SCHOPENHAEIRIANAS NO DEBATE METAÉTICO CONTEMPORÂNEO
No livro IV, de O mundo como vontade e representação, Arthur Schopenhauer afirma que as ações humanas podem acontecer por motivos e quietivos. As ações que levam em consideração uma cadeia de motivações são sempre auto-dirigidas, tendo em mente que os indivíduos agem pra satisfação dos seus q...
Saved in:
Published in | Cadernos do PET filosofia Vol. 5; no. 9; pp. 8 - 16 |
---|---|
Main Author | |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
19.03.2014
|
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | No livro IV, de O mundo como vontade e representação, Arthur Schopenhauer afirma que as ações humanas podem acontecer por motivos e quietivos. As ações que levam em consideração uma cadeia de motivações são sempre auto-dirigidas, tendo em mente que os indivíduos agem pra satisfação dos seus quereres particulares. Tais ações são classificadas pelo autor de egoístas por não levarem em consideração o outro, mas os desejos que preenchem a consciência humana no ato de agir. Nesse primeiro momento a leitura schopenhaueriana da “natureza humana” corrobora com o egoísmo psicológico, pois os indivíduos procuram afirmar a sua vontade de vida por entenderem intuitivamente que a impossibilidade de efetivação dessa pulsão vital denominada vontade promove carência, sofrimento. Porém, Schopenhauer reconhece que existem ações, embora raras, desinteressadas. Nesse momento o egoísmo é suprimido e o agente moral é tomado por uma compreensão metafísica do mundo que o faz agir por compaixão. Nossa pretensão é clarificar como se dá essa passagem do egoísmo psicológico à compaixão metafísica, segundo a visão de mundo schopenhaueriana, recolocando o autor no debate metaético contemporâneo. |
---|---|
ISSN: | 2178-5880 2178-5880 |
DOI: | 10.26694/pet.v5i9.2056 |