“Só isso que é meu ideia”: fórmulas de fechamento como uma particularidade discursivo-interacional do Português Kaxinawá

Nos limites deste artigo, analisamos uma provável particularidade da etiqueta interacional dos Kaxinawá (povo da família etnolinguística Pano, que habita 12 Terras Indígenas no Acre) em interações transculturais, ou seja, aquelas envolvendo a participação de não-indígenas. Dessa maneira, nosso objet...

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Published inRevista Brasileira de Linguística Antropológica Vol. 12; pp. 81 - 99
Main Authors Beatriz Christino, Beatriz Christino, João Pedro Peres da Costa, João Pedro Peres da Costa
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 12.05.2020
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Summary:Nos limites deste artigo, analisamos uma provável particularidade da etiqueta interacional dos Kaxinawá (povo da família etnolinguística Pano, que habita 12 Terras Indígenas no Acre) em interações transculturais, ou seja, aquelas envolvendo a participação de não-indígenas. Dessa maneira, nosso objeto de estudo consiste em construções que denominamos de fórmulas de fechamento, bastante similares a estruturas formulaicas recorrentes em narrativas em Kaxinawá e (ao que nossas observações vêm indicando) sem paralelo no Português (L1) do Alto Juruá. Descrevemos a sua configuração estrutural, assim como a sua função no desenvolvimento da interação. Contendo os operadores “isso” e/ou “assim”, essas fórmulas de fechamento funcionam, no Português Kaxinawá, como sinalizadoras do encerramento de tópicos (ou subtópicos) discursivos e de turnos de fala.
ISSN:2176-834X
2317-1375
DOI:10.26512/rbla.v12i1.30039