Marcadores de alimentação saudável e não saudável e fatores associados, durante a pandemia de COVID-19, em trabalhadores de uma instituição de ensino privada no Sul do Brasil

• Published in: Conexão Ciência Vol. 19; no. 2; pp. 68 - 84
• Main Authors: Drum, Juliana Rauta, Dell'Osbel, Rafaela Santi, Fortes, Roziane Vicenzi, Gregoletto, Maria Luísa de Oliveira, Cremonese, Cleber, Pezzi, Fernanda, Zanotti, Joana
• Format: Journal Article
• Language: Portuguese
• Published: 31.07.2024
• ISSN: 1679-5679; 1980-7058
• DOI: 10.24862/cco.v19i2.1581

Introdução: O estresse ocupacional, as mudanças de rotina e emoções negativas são alguns dos fatores que podem ter sofrido influencia pelo isolamento causado pela pandemia de COVID-19 e, além disso, são aspectos que podem conduzir às mudanças no consumo alimentar. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos marcadores de alimentação saudável e não saudável e os fatores associados em trabalhadores de uma Instituição de Ensino Superior privada do Sul do Brasil, durante o período inicial de isolamento ocasionado pela pandemia de COVID-19. Metodologia: Estudo observacional transversal, realizado por um questionário eletrônico autoaplicável (julho/agosto de 2020). Investigou-se aspectos sociodemográficos, nutricionais, psicossociais, de comportamentos de risco à saúde e consumo alimentar (consumo regular de marcadores de alimentação saudável e não saudável). Realizou-se análise estatística pelo teste Qui-Quadrado e pela regressão de Poisson, considerando um intervalo de confiança em 95%. Resultados: Dos 170 trabalhadores, 25,3% e 26,2% apresentavam consumo regular de marcadores de alimentação saudável e não saudável, respectivamente. Identificou-se que indivíduos com sintomas depressivos apresentavam menor probabilidade de ter um consumo regular de marcadores de alimentação saudável (RP: 0,37; p=0,007) e maior possibilidade de consumir marcadores de alimentação não saudável (RP: 1,89; p=0,027). Também, observou-se que os participantes do sexo masculino (RP: 2,60; p≤0,001) e os indivíduos com idade <37 anos (RP: 1,80; p=0,036) apresentavam maior probabilidade de apresentar consumo regular de marcadores de alimentação não saudável. Conclusão: Aspectos psicológicos e demográficos podem influenciar no consumo alimentar dos trabalhadores investigados, enfatizando a importância de medidas que promovam a educação alimentar e nutricional. Introduction: Occupational stress, routine changes and negative emotions are some of the factors that may have been influenced by the isolation caused by the COVID-19 pandemic and, furthermore, are aspects that can lead to changes in food consumption. Objective: To evaluate the consumption of foods that are markers of healthy and unhealthy eating and associated factors in workers at a private Higher Education Institution in southern Brazil, during the initial period of isolation caused by the COVID-19 pandemic. Methods: Cross-sectional observational study, performed using a self-administered electronic questionnaire (July/August 2020). Sociodemographic, nutritional, psychosocial, health risk behaviors and food consumption aspects (regular consumption of healthy and unhealthy food markers) were investigated. Statistical analysis was performed using the Chi-Square test and Poisson regression, considering a confidence interval of 95%. Results: Of the 170 workers, 25.3% and 26.2% had regular consumption of healthy and unhealthy eating markers, respectively. It was identified that individuals with depressive symptoms were less likely to have regular consumption of healthy eating markers (PR: 0.37; p=0.007) and more likely to consume unhealthy eating markers (PR: 1.89; p =0.027). Also, it was observed that male participants (PR: 2.60; p≤0.001) and individuals aged <37 years (PR: 1.80; p=0.036) were more likely to have regular consumption of markers of unhealthy eating. Conclusion: Psychological and demographic aspects can influence the food consumption of the workers investigated, emphasizing the importance of measures that promote food and nutrition education.