Diarreias agudas em Caraguatatuba: situação epidemiológica e sugestões para monitoramento

Este estudo analisou a incidência de diarreias agudas em Caraguatatuba (SP), um município litorâneo que possui problemática socioambiental semelhante a muitas outras localidades brasileiras: déficits em saneamento, enchentes urbanas e falta de infraestrutura para acomodar a população crescente. Em 2...

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Published inSaude e Meio Ambiente Vol. 6; no. 1; p. 71
Main Authors Asmus, Gabriela Farias, Seixas, Sônia Regina Da Cal, Gonzalez, Eduardo
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 14.07.2017
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Summary:Este estudo analisou a incidência de diarreias agudas em Caraguatatuba (SP), um município litorâneo que possui problemática socioambiental semelhante a muitas outras localidades brasileiras: déficits em saneamento, enchentes urbanas e falta de infraestrutura para acomodar a população crescente. Em 2002, a taxa de incidência de diarreias era 37 casos/1000 habitantes. Dez anos depois, a taxa era 48,6. Observou-se que a incidência é elevada nas 6 primeiras semanas epidemiológicas do ano. As taxas de incidência na população infantil são maiores, embora 46% dos casos brutos recaiam sobre a população adulta. Os turistas chegam a representar 25% dos casos nas 4 primeiras semanas do ano, mas não são diretamente responsáveis pelo aumento de registros no período. Num contexto de mudanças ambientais globais, há expectativa de aumento de casos de registros no verão, estação que concentra maiores volumes de chuva, temperaturas elevadas e queda de balneabilidade das praias. Um monitoramento adequado das diarreias agudas frente aos novos desafios ambientais poderia incluir a informatização de dados como endereços de incidência, obrigatoriedade de elucidação de agente etiológico e distinção de idosos entre as faixas etárias usualmente coletadas pelo programa MDDA.
ISSN:2316-347X
2316-347X
DOI:10.24302/sma.v6i1.1147