SENTIDO DO TRABALHO E VIVÊNCIAS DE PRAZER E SOFRIMENTO EM VENEZUELANOS QUE MIGRARAM AO BRASIL

O trabalho, fundamental àqueles que migram, é algo dotado de sentido, e espaço em que emergem vivências de sofrimento e prazer, capazes de promover a transformação dos ambientes laborais, ou de colaborar com o adoecimento. Esta pesquisa analisou as experiências laborais de migrantes venezuelanos, de...

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Published inRevista Trabalho EnCena Vol. 7; p. e022005
Main Authors Ruffatto Gregoviski, Vanessa, Mai Cervera Sei, Marcella, Pereira Soares, Aline, Kieling Monteiro, Janine
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 08.08.2022
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Summary:O trabalho, fundamental àqueles que migram, é algo dotado de sentido, e espaço em que emergem vivências de sofrimento e prazer, capazes de promover a transformação dos ambientes laborais, ou de colaborar com o adoecimento. Esta pesquisa analisou as experiências laborais de migrantes venezuelanos, debatendo sobre o sentido do trabalho e as vivências de prazer e sofrimento laboral. Trata-se de um estudo qualitativo, transversal e exploratório realizado com dez venezuelanos que residiam no Sul do Brasil, em que um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada foram aplicados virtualmente. Analisou-se que, para muitos, o sentido do trabalho vai muito além de questões meramente materiais, voltando-se a questões de reconhecimento social, crescimento e satisfação pessoal, além de estabilidade financeira para si e familiares. As vivências de prazer apontam a importância do suporte e das oportunidades de crescimento como alicerce de saúde, engajando-os laboral e socialmente, e mobilizando para mudanças. Já as vivências de sofrimento indicam necessidades de intervenção imprescindíveis, sendo pontuadas a dificuldade linguística e cultural, xenofobia, relacionamento com colegas, medo do desemprego, sobrecarga laboral, precarização, e vivências de exploração e violência laboral. Aponta-se a necessidade de criação de Políticas Públicas de acolhimento, inserção socioprofissional e enfrentamento ao preconceito.
ISSN:2526-1487
2526-1487
DOI:10.20873/2526-1487e022005