A emoção expressa dos familiares de esquizofrénicos e as recaídas dos doentes

Este trabalho é um estudo de replicação das recaídas de doentes esquizofrénicos, num seguimento de 12 meses, e da emoção expressa (EE) das famílias dos doentes. Numa amostra de 53 doentes esquizofrénicos crónicos, a EE dos familiares foi avaliada pela Camberwell Family Interview (CFI). Os doentes es...

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Published inPsicologia (Lisbon, Portugal) Vol. 14; no. 1; p. 31
Main Authors Reis, Filipe Damas, Chainho, Julieta, António, Jacinto, Paiva, António, Marques, Ana, Real, Ana, Lourenço, Fátima, Vieira, Jacinta, Silva, Amália, Cotovio, Vitor, Santos, Paulina
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 13.02.2014
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Summary:Este trabalho é um estudo de replicação das recaídas de doentes esquizofrénicos, num seguimento de 12 meses, e da emoção expressa (EE) das famílias dos doentes. Numa amostra de 53 doentes esquizofrénicos crónicos, a EE dos familiares foi avaliada pela Camberwell Family Interview (CFI). Os doentes estavam em tratamento psiquiátrico ambulatório com neurolépticos. A análise de  conteúdo das entrevistas revelou que 66% das famílias eram do tipo EE alta e 34% do tipo EE baixa. Os scores das escalas da CFI foram: comentários críticos 4,1 (média), a hostilidade foi expressa por 15% dos familiares e a sobre-implicação emocional por 23%. Trinta e sete familiares são do sexo masculino e 41 do sexo feminino. Os familiares do sexo feminino expressaram mais sobre-implicação emocional (37%) que os do sexo masculino (8%). Durante os 12 meses de seguimento, recaíram 57% dos doentes que viviam em famílias de EE alta e 17% dos que viviam em famílias de EE baixa. A comparação com os resultados de diferentes estudos realizados em diferentes países mostra maior semelhança entre os nossos resultados e os do estudo espanhóis, designadamente em relação ao criticismo dos familiares que é maior nos estudos anglo-saxónicos. Apesar da dimensão cultural da EE, os resultados confirmaram a constatação geral de que recaem mais os doentes que vivem em famílias de EE alta.DOI: http://dx.doi.org/10.17575/rpsicol.v14i1.524
ISSN:0874-2049
2183-2471
DOI:10.17575/rpsicol.v14i1.524