PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS NOTIFICAÇÕES DOS CASOS DE TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE DO RIO GRANDE DO SUL, 2014-2018

No ambiente prisional, as doenças infectocontagiosas se tornam alarmantes, uma vez que nesses ambientes a superlotação, falta de ventilação e de iluminação é comumente encontrada. Entre as doenças infectocontagiosas, destaca-se a tuberculose (TB), que se configura como uma doença que mais mata mundi...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inRevista Jovens Pesquisadores Vol. 10; no. 1; pp. 1 - 12
Main Authors Fanfa, Dandára Costa, Busatto, Caroline, Kist, Djulia Rafaella, Ely, Karine Zenatti, Ramis, Ivy Bastos, De Moura Valim, Andreia Rosane, Possuelo, Lia Gonçalves
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 05.01.2021
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:No ambiente prisional, as doenças infectocontagiosas se tornam alarmantes, uma vez que nesses ambientes a superlotação, falta de ventilação e de iluminação é comumente encontrada. Entre as doenças infectocontagiosas, destaca-se a tuberculose (TB), que se configura como uma doença que mais mata mundialmente. Sendo assim, a População Privada de Liberdade (PPL) torna-se suscetível pelo ambiente precário e dessa forma, ocorrendo a alta disseminação da doença. Objetivou-se descrever as características sociodemográficas e clínicas da PPL, assim como avaliar os indicadores de saúde encontrados. Este é um estudo transversal retrospectivo, com dados obtidos do Sistema de Agravos e Notificação (SINAN) e do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN). Foram analisadas as variáveis: sexo, idade, escolaridade, HIV, raça/cor, forma da doença, tipo de entrada, baciloscopia, cultura e desfecho do tratamento. Das 4279 notificações no período de 2014 a 2018, predominou o sexo masculino (94,8%), de maioria branca (60,0%). Uma alta proporção de coinfecção TB/HIV foi encontrada (18,2%). Os principais desfechos foram cura (46,6%), transferência (16,5%) e abandono (12,7%). A incidência em todo período foi de 1.611,46 casos/100 mil presos, prevalência de 2.526,7 casos/100 mil presos e mortalidade de 35,43 óbitos/100 mil presos. A PPL demonstrou piores indicadores quando comparado com a população geral. A intensificação do diagnóstico prévio, bem como qualificação na assistência será necessária para alcançar as metas definidas pela Organização Mundial de Saúde.
ISSN:2237-048X
2237-048X
DOI:10.17058/rjp.v10i1.14990