Prevalência de sintomas de asma e tratamento de crianças e adolescentes de 2 a 14 anos no Campus Aproximado da PUCRS

INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas tem havido aumento da prevalência da asma. OBJETIVO: Determinar a prevalência de sintomas de asma em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos em Porto Alegre (RS), relacionando-a com o perfil socioeconômico, tratamento e hábito de fumar intradomiciliar. MÉTODO: Estudo t...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inJornal brasileiro de pneumologia Vol. 31; no. 2; pp. 103 - 110
Main Authors Ache, Brasília Itália C. S., Kahan, Fabiane, Fiterman, Jussara
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.04.2005
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas tem havido aumento da prevalência da asma. OBJETIVO: Determinar a prevalência de sintomas de asma em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos em Porto Alegre (RS), relacionando-a com o perfil socioeconômico, tratamento e hábito de fumar intradomiciliar. MÉTODO: Estudo transversal em que foram entrevistadas todas as famílias atendidas em junho de 2000. RESULTADOS: A prevalência de sintomas de asma foi de 49,5%. Em 66,8% das famílias a renda era inferior a quatro salários mínimos e em mais de 50% a escolaridade materna e paterna era menor que cinco anos. Em 98,5% não havia utilização de tratamento preventivo para asma. Nas 174 famílias estudadas 38,7% das mães, 43,7% dos pais e 32,7% de ambos eram fumantes. Houve associação entre as seguintes variáveis: exposição ao fumo intradomiciliar e número de crises de asma no último ano (p = 0,02; RR = 2,9; IC: 1,1 - 4,5); escolaridade materna e número de crises no último ano (p = 0,03; RR = 2,03; IC: 1,01 - 4,19); aglomeração e número de crises no último ano entre as crianças expostas ao fumo (p = 0,04; RR = 2,7; IC: 1,4 - 5,1); hospitalização e número de crises no último ano (p = 0,004; RR = 1,46; IC: 1,15 -1,86); hospitalização e aglomeração (p = 0,03; RR = 1,47; IC: 1,15 -1,86). Nos menores de cinco anos, houve associação entre fumo materno e número de crises no último ano (p = 0,03; RR = 1,79; IC: 1,04 - 3,08). CONCLUSÃO: A prevalência de sintomas de asma foi alta. A comunidade estudada é limitada do ponto de vista socioeconômico e não trata adequadamente a enfermidade, o que demonstra necessidade de atendimento priorizado, normatizado e com insumos e processos avaliativos para controle da doença. BACKGROUND: In recent decades, the prevalence of asthma has increased. OBJECTIVES: To determine the prevalence of asthma symptoms in children and adolescents from 2 to 14 years of age living in Porto Alegre (in the state of Rio Grande do Sul, Brazil) and to determine any potential correlations with socioeconomic profile, treatment and smoking in the home. METHODS: A transversal study based on interviews of all families seeking medical attention in June of 2000. RESULTS: The prevalence of asthma symptoms was 49.5%. In 66.8% of families, total income was less than four times the minimum wage, and in more than 50% of homes, the parents had had less than five years of schooling. In 98.5%, prophylactic asthma treatment was not used. In the 174 families studied, 38.7% of mothers and 43.7% of fathers were smokers (32.7% overall). Correlations were found between the following variables: exposure to smoking in the home and number of asthma attacks in the last year (p = 0.02; RR = 2.9; CI: 1.1 - 4.5); maternal level of education and number of attacks in the last year (p = 0.03; RR = 2.03; CI: 1.01 -4.19); close living quarters and number of attacks in the last year among children exposed to second-hand smoke (p = 0.04; RR = 2.7; CI: 1.4 - 5.1); hospitalization and number of attacks in the last year (p = 0.004; RR = 1.46; CI: 1.15 -1.86); hospitalization and close living quarters (p = 0.03; RR = 1.47; CI: 1.15 - 1.86). In children below the age of five, there was correlation between maternal smoking and number of attacks in the last year (p = 0.03; RR = 1.79; CI: 1.04 -3.08). CONCLUSION: The prevalence of asthma symptoms was high. The community studied has limited socioeconomic resources, and there is therefore a lack of adequate treatment for asthma. Our results demonstrate the need for prioritized, standardized treatment programs that would give healthcare workers access to the appropriate materials and means of evaluation necessary for asthma control.
ISSN:1806-3713
1806-3713
DOI:10.1590/S1806-37132005000200004