A ausência de fora e a recusa da catástrofe: crise ambiental e destituição dos dualismos

Pretende-se, neste artigo, discutir a atual crise do meio ambiente a partir da ideia desenvolvida por Antonio Negri e Michael Hardt de que, no capitalismo contemporâneo, “não há mais fora”. Buscamos apresentar algumas ideias que permitem entrever, dentro da atual conjuntura, o delineamento de uma ét...

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Published inFractal : revista de psicologia Vol. 27; no. 2; pp. 123 - 129
Main Author Laureano, Pedro Sobrino
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.08.2015
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Summary:Pretende-se, neste artigo, discutir a atual crise do meio ambiente a partir da ideia desenvolvida por Antonio Negri e Michael Hardt de que, no capitalismo contemporâneo, “não há mais fora”. Buscamos apresentar algumas ideias que permitem entrever, dentro da atual conjuntura, o delineamento de uma ética e uma política baseadas na constatação de que, ao perdemos a ideia da natureza como espaço exterior intocado pela história, perdemos algo que nunca existiu. E que tal perda constitui um índice apenas negativo de um movimento de reconfiguração das categorias políticas modernas que não são mais capazes de pensar a crise global, não apenas do capitalismo, mas também do próprio meio ambiente. We intend to discuss, in this article, the capitalist and environmental crises of today´s world based on the idea, developed by Antonio Negri and Michael Hardt, that “there´s no outside” of today´s capitalism. We seek to develop some ideas that can contribute to think, in the current conjuture, the sckatches of an ethics and a politics based on the afirmation that, when we lose the idea of nature as na outside untouched by history, we lose something que that has never existed. And also that this lost constitutes only an negative index of a necessary movement of questioning the modern political categories that are no longer able to think the global crisis, not only of capitalism, but also of the environment.
ISSN:1984-0292
1984-0292
DOI:10.1590/1984-0292/978