FICHA VERMELHA NÚMERO SEIS UMA ANÁLISE A PARTIR DE FATOS DITOS E PRODUZIDOS POR DOCUMENTOS NO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

No corredor, estão as pessoas, majoritariamente mulheres, sentadas com fchas vermelhas numeradas nas mãos. Na sala em frente, do Cadastro Único para Programas Sociais - CadÚnico, as estagiárias. Uma delas, Maria, chama: “Ficha vermelha número seis”. Entra uma mulher, cumprimenta a estagiária, senta-...

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Published inTessituras (Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil) Vol. 9; no. 2; pp. 170 - 185
Main Authors Carmen Janaina Machado, Renata Menasche
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 07.03.2022
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Summary:No corredor, estão as pessoas, majoritariamente mulheres, sentadas com fchas vermelhas numeradas nas mãos. Na sala em frente, do Cadastro Único para Programas Sociais - CadÚnico, as estagiárias. Uma delas, Maria, chama: “Ficha vermelha número seis”. Entra uma mulher, cumprimenta a estagiária, senta-se na cadeira posicionada diante da mesa e diz ter vindo atualizar o cadastro do Bolsa Família. A mulher que se coloca diante da estagiária é uma agricultora assentada na região sul do Rio Grande do Sul, mas a cena é comum, nos vários cantos do Brasil. A atualização do cadastro é condição para seguir recebendo o benefício do Bolsa Família, programa de transferência direta de renda que atende a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. A partir de pesquisa etnográfca, este trabalho problematiza o papel dos documentos, atentando para sua ação na vida das bolsistas do Programa Bolsa Família. A pesquisa foi conduzida junto a agentesexecutores do Programa em âmbito municipal e entre mulheres camponesas que vivem em assentamentos rurais no município de Canguçu.
ISSN:2318-9576
2318-9576
DOI:10.15210/tessituras.v9i2.1127