Abordagem multidisciplinar no acompanhamento de uma criança com Traumatismo Crânio-Encefálico

Quer pela mortalidade, quer pelo número de indivíduos que resulta de alguma forma incapacitados, o Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) constitui um dos maiores problemas de saúde pública nos EUA, Europa e outros países desenvolvidos. As alterações cognitivas, comportamentais e emocionais são, entre...

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Published inAnálise psicológica Vol. 24; no. 2; pp. 235 - 245
Main Author De Faria, Maria Teresa Lobato
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.12.2012
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Summary:Quer pela mortalidade, quer pelo número de indivíduos que resulta de alguma forma incapacitados, o Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) constitui um dos maiores problemas de saúde pública nos EUA, Europa e outros países desenvolvidos. As alterações cognitivas, comportamentais e emocionais são, entre as consequências das lesões focais ou difusas do TCE, as que causam maior incapacidade na criança, maior destabilização nas suas famílias e maior dificuldade no seu meio social e escolar. Mais persistentes no tempo que os défices físicos, estas alterações interferem no desenvolvimento global, podendo condicionar a capacidade da criança na realização das suas aprendizagens escolares, limitar a prossecução de actividades prévias e constituir um obstáculo às relações interpessoais. Este quadro requer um longo processo de reabilitação e um acompanhamento profissional tão diversificado quanto necessário. Apresenta-se o caso A.M. com 8 anos de idade, frequentando o 2.º ano de escolaridade que, em Abril de 2002, aos 6 anos, após queda de cerca de 6 metros de altura, sofreu um Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) moderado. Em consequência, apresentou alterações motoras, da linguagem, cognitivas, comportamentais e emocionais, que obrigaram a uma intervenção terapêutica multidisciplinar. Durante um ano e meio foram efectuadas várias avaliações neuropsicológicas e de desenvolvimento que nos permitiram descrever a progressão do quadro clínico, incluindo as repercussões ao nível da reintegração.
ISSN:0870-8231
1646-6020
DOI:10.14417/ap.166