Excesso de confiança, otimismo gerencial e os determinantes da estrutura de capital

Este estudo investiga os determinantes da estrutura de capital das empresas introduzindo uma perspectiva comportamental ainda pouco explorada na literatura da área. De um conjunto de teorias recentemente desenvolvidas, deriva-se a seguinte predição central: empresas geridas por indivíduos otimistas...

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Published inRevista Brasileira de Finanças Vol. 6; no. 3; pp. 293 - 335
Main Authors Barros, Lucas Ayres B. de C., Silveira, Alexandre di Miceli da
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 02.01.2008
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Summary:Este estudo investiga os determinantes da estrutura de capital das empresas introduzindo uma perspectiva comportamental ainda pouco explorada na literatura da área. De um conjunto de teorias recentemente desenvolvidas, deriva-se a seguinte predição central: empresas geridas por indivíduos otimistas e/ou excessivamente confiantes serão mais relativamente endividadas do que as demais, ceteris paribus. Propõe-se diferentes proxies para o otimismo/excesso de confiança baseadas no status do gestor como “empreendedor” ou “não-empreendedor”, proposição esta respaldada por teorias e sólida evidência empírica, bem como no padrão de posse de ações da própria empresa por parte do seu gestor. O trabalho inclui, ainda, os candidatos a determinantes utilizados previamente na literatura sobre estrutura de capital no Brasil e no exterior. A amostra compõe-se de 153 empresas com ações negociadas na Bovespa e com dados disponíveis entre 1998 e 2003. A análise empírica sugere que as proxies para os referidos vieses cognitivos figuram entre os principais determinantes da estrutura de financiamento. Também se mostraram relevantes, em maior ou menor grau, os indicadores de lucratividade, tamanho, pagamento de dividendos e tangibilidade, bem como algumas variáveis que capturam os padrões de governança corporativa das empresas. Os resultados aqui reportados sugerem que abordagens comportamentais baseadas nas pesquisas sobre a psicologia humana podem oferecer uma contribuição relevante para a compreensão dos direcionadores das principais decisões corporativas.
ISSN:1679-0731
1984-5146
DOI:10.12660/rbfin.v6n3.2008.1343