O papel do exercício físico na melhora da qualidade de vida de mulheres menopausadas

• Published in: Revista de medicina (São Paulo, Brazil) Vol. 103; no. 1
• Main Authors: Moreira, Milena, Castello, Thales Martins, Fajardo, Murilo Leone Miranda, Grillo, Luisa Werneck, Osugi, Nataniel Kaoru, Silveira, Patrick Guilherme Carvalho, Mubidila, Mardoché Kikana, Tibúrcio, Jacqueline Domingues
• Format: Journal Article
• Language: Portuguese
• Published: 15.04.2024
• ISSN: 0034-8554; 1679-9836
• DOI: 10.11606/issn.1679-9836.v103i1e-215854

Introduction: Menopause is the last episode of menstrual bleeding. Occuring on average at 51 years of age, it is associated with hormonal changes that impact quality of life. In this sense, physical activity (PA) and physical exercise (PE) appear as alternatives to hormone therapy in order to reduce the symptoms of climacteric syndrome. Objective: To evaluate the role of PE in the perception of improved quality of life in menopausal women. Methodology: The study was carried out through the application of three questionnaires that deal with the level of PA (long IPAQ), climatic symptoms (MRS) and women's quality of life (QVM). Results: In the analysis of the classification based on MRS, there was a general tendency towards a greater menopausal symptom burden (p = 0.019) and an increase in the intensity of psychological symptoms (p = 0.035) in those women who did not practice PE. The QSM demonstrated that there are fewer climatic symptoms and better quality of life in women who practice PE, and this group had a less depressed mood (p = 0.026), somatic (p = 0.04) and cognitive (p = 0.032) symptoms than the group that does not practice PE. Final considerations: PE improves aspects of quality of life in postmenopausal women, while AF does not seem to be enough to cause symptomatic improvement. A menopausa é o último episódio de sangramento menstrual, ocorrendo em média aos 51 anos e sendo associada a alterações hormonais que impactam na qualidade de vida. Nesse sentido, atividade física (AF) e exercício físico (EF) surgem como alternativas à terapia hormonal para diminuição dos sintomas da síndrome climatérica. Objetivo: Avaliar o papel da prática de EF na percepção da melhora da qualidade de vida em mulheres menopausadas. Metodologia: O estudo foi realizado por meio da aplicação de três questionários que versam sobre o nível de AF (IPAQ longo), sintomas climatéricos (MRS) e qualidade de vida da mulher (QSM). Resultados: Na análise da classificação a partir do MRS, verificou-se uma tendência geral de maior carga sintomática menopausal (p = 0,019) e aumento da intensidade dos sintomas psicológicos (p = 0,035) naquelas mulheres não praticantes de EF. O QSM demonstrou que há menos sintomas climatéricos e melhor qualidade de vida em mulheres praticantes de EF, sendo que este grupo apresentou humor menos deprimido (p = 0,026) e carga de sintomas somáticos (p = 0,04) e cognitivos (p = 0,032) que o grupo não praticante de EF. Considerações finais: O EF melhora aspectos da qualidade de vida em mulheres na pós-menopausa, enquanto a AF parece não ser suficiente para causar a melhora sintomatológica.