Linhagens arturianas na Península Ibérica: o tempo das origens
No ciclo arturiano em prosa, representado em Portugal por vestígios importantes, embora fragmentários, todos eles pertencentes ao ciclo do Pseudo-Boron, a linhagem assume uma importante função legitimadora. Entre os romances que constituem o ciclo, a Estória do Santo Graal e o Tristão em Prosa na su...
Saved in:
Published in | e-Spania |
---|---|
Main Author | |
Format | Journal Article |
Language | Portuguese |
Published |
Civilisations et Littératures d’Espagne et d’Amérique du Moyen Âge aux Lumières (CLEA) - Paris Sorbonne
05.07.2011
|
Subjects | |
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | No ciclo arturiano em prosa, representado em Portugal por vestígios importantes, embora fragmentários, todos eles pertencentes ao ciclo do Pseudo-Boron, a linhagem assume uma importante função legitimadora. Entre os romances que constituem o ciclo, a Estória do Santo Graal e o Tristão em Prosa na sua parte inicial (a chamada pré-história tristaniana) remontam à origem, por um lado, das linhagens marcadas pelo carisma divino que desembocarão no herói do Graal, e por outro, da genealogia maldita de Tristão e do rei Marc, que anunciam o destino trágico dos amantes da Cornualha. Na Estória do Santo Graal, das três linhagens escolhidas, duas são herdadas de obras anteriores e passam para segundo plano face à que se inicia com o primeiro cavaleiro cristão, a linhagem cavaleiresca por excelência e a única rigorosamente agnática. Na pré-história tristaniana, pelo contrário, as aventuras dos antepassados de Tristão inauguram uma espécie de anti-linhagem que contraria os princípios da linearidade e da progressão temporal, fundando na desordem as origens do amante de Iseu. |
---|---|
ISSN: | 1951-6169 |
DOI: | 10.4000/e-spania.20317 |