Anuloplastia concêntrica do anel mitral, isolada ou associada à ressecção quadrangular, em crianças e jovens

OBJETIVO: Descrever procedimento cirúrgico de anuloplastia concêntrica do anel mitral sem prótese, isolada ou associada à ressecção quadrangular com plicatura póstero-medial do anel mitral, e analisar os resultados imediatos e tardios obtidos. MÉTODO: Entre fevereiro de 1986 e fevereiro de 2001, rea...

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Published inRevista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 19; no. 1; pp. 24 - 28
Main Authors Arruda Filho, Mauro B., Silva JR, Heraldo Maia e, Rayol, Sérgio C., Santos, Flávia A. G., Gusmão, Claudia A. B., Arruda, Ana Paola M., Feitosa, Audes D. M., Arruda, Mauro B.
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01.03.2004
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Summary:OBJETIVO: Descrever procedimento cirúrgico de anuloplastia concêntrica do anel mitral sem prótese, isolada ou associada à ressecção quadrangular com plicatura póstero-medial do anel mitral, e analisar os resultados imediatos e tardios obtidos. MÉTODO: Entre fevereiro de 1986 e fevereiro de 2001, realizamos 790 procedimentos abordando a valva mitral, 41 foram realizados em crianças e adolescentes menores de 20 anos (média de 9,7 anos). Vinte (48,7%) pacientes eram do sexo feminino e 21 (51,3%) do masculino. A doença reumática foi responsável pelas lesões em 92,6% dos casos e a degeneração mixomatosa em apenas 7,4%. No período pré-operatório, 22 (53,6%) pacientes estavam em classe funcional III e 19 (46,4%) em classe funcional IV, advindos de repetidos surtos de febre reumática, agravados pela desnutrição. A técnica cirúrgica utilizada foi a anuloplastia concêntrica, aplicada isoladamente ou em associação à ressecção quadrangular com plicatura póstero-medial. O curso do seguimento pós-operatório foi de 7 meses a 15 anos (3/2/1986 a 12/2/2001). RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 2,4%. Os pacientes receberam alta sem sopro sistólico de regurgitação mitral. Dois pacientes apresentaram, ao longo dos anos (4 e 11 anos), estenose mitral e necessitaram reoperação, um deles operado com dois anos de idade. Dois doentes foram reoperados para corrigir disfunção aórtica previamente abordada por plastia (12 e 18 meses após a primeira operação), morrendo e contribuindo para mortalidade tardia de 5%. CONCLUSÃO: Consideramos a técnica empregada um procedimento alternativo, válido, de aplicação preferencial em crianças e adolescentes, de fácil reprodução e de baixíssimo custo.
ISSN:1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76382004000100006