Resultado da substituição aórtica por ampliação anelar anterior e posterior é comparável a do anel normal

OBJETIVO: Comparar resultados tardios da substituição valvar no anel aórtico com ou sem ampliação. MÉTODO: Incluídos 22 pacientes aórticos com ampliação anelar anterior e posterior por anel pequeno e 23 com diâmetro anelar normal quando da substituição valvar aórtica. Para grupos, foram comparáveis...

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Published inRevista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 19; no. 4; pp. 358 - 364
Main Authors Sant'Anna, João Ricardo M., De Bacco, Felipe W., Sant'Anna, Roberto T., Kalil, Renato A.K., Prates, Paulo R., Nesralla, Ivo A.
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01.12.2004
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Summary:OBJETIVO: Comparar resultados tardios da substituição valvar no anel aórtico com ou sem ampliação. MÉTODO: Incluídos 22 pacientes aórticos com ampliação anelar anterior e posterior por anel pequeno e 23 com diâmetro anelar normal quando da substituição valvar aórtica. Para grupos, foram comparáveis características como sexo, idade, diagnóstico valvar, etiologia da doença e lesões associadas. Substituição valvar simples foi rotineira. Para ampliação anelar posterior foi feita incisão no ponto médio do seio não coronariano, estendida ao folheto mitral anterior; ampliação anterior resultou de incisão no anel aórtico anterior, estendida por 2 cm no septo interventricular, não transfixado; reconstrução aórtica foi realizada por enxertos de pericárdio bovino. Resultados considerados para toda amostra foram características operatórias, evolução clínica (seguimento de 2 a 11 anos) e gradiente na via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE) ao ecocardiograma Doppler. RESULTADOS: Ampliação aumentou diâmetro anelar aórtico de 18,3±2,2 mm para 24,8±2,0 mm (p<0,001), tornando-o comparável ao normal: 24,9±1,5 mm (NS). Foi necessário maior tempo de circulação extracorpórea para ampliação anelar (122,1±38,9 min vs 91,0±30,7 min; p<0,005) e de pinçamento aórtico (91,6±20,7 min vs 68,0±23,5 min; p<0,001). Para ampliação anelar, o gradiente sistólico máximo na VSVE reduziu de 83,6±22,3 mmHg no pré-operatório para 26,7±11,4 mmHg (p<0,01), recentemente, e na substituição valvar simples a redução foi de 68,2±28,7 mmHg para 32,8±16,2 mmHg (P<0,001); valores comparáveis para intervalos correspondentes (NS). CONCLUSÃO: Técnica de ampliação anterior e posterior do anel aórtico possibilitou aumento do diâmetro anelar e do substituto protético implantado, sendo que para até 11 anos de seguimento o resultado clínico e ecocardiográfico foi superponível ao da substituição aórtica em pacientes com anel normal.
ISSN:1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76382004000400006