Interferência de anticorpos em testes de função tireoideana: relato de caso

Na avaliação da função tireoideana utiliza-se como método diagnóstico as medidas de TSH, T4 e T3 totais e livres. Entretanto, em alguns casos ocorre a ligação não específica com reagentes dos ensaios que vão, desta forma, interferir com as medidas destes hormônios. Estas interferências irão resultar...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inArquivos brasileiros de endocrinologia e metabologia Vol. 45; no. 2; pp. 199 - 201
Main Authors Ramos, Helton Estrela, Alberti, Gianna Carla, Hauck, Patrícia Rodrigues, Graf, Hans, Carvalho, Gisah Amaral de
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 01.04.2001
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Na avaliação da função tireoideana utiliza-se como método diagnóstico as medidas de TSH, T4 e T3 totais e livres. Entretanto, em alguns casos ocorre a ligação não específica com reagentes dos ensaios que vão, desta forma, interferir com as medidas destes hormônios. Estas interferências irão resultar em concentrações séricas anormais de hormônios tireoideanos, não consistentes com a avaliação clínica e demais exames laboratoriais destes pacientes. Auto-anticorpos anti-hormônio tireoideano são a classe de fatores que mais frequentemente interferem com vários ensaios. Relatamos o caso de uma paciente de 62 anos, com queixas de ansiedade e palpitações e exame físico normal. Na avaliação laboratorial detectamos níveis séricos persistentemente elevados de T3 total, com níveis séricos normais de TSH e T4 total. A presença de anticorpos anti-T3 foi confirmada por radioimunoprecipitação. Resultados que parecem ser inconsistentes ou incompatíveis com os demais exames laboratoriais, na presença ou não de sintomais em geral inespecíficos, devem levantar a suspeita da presença de fatores interferentes no ensaio. Desta forma, evita-se o diagnóstico errôneo de disfunção tireoideana e, consequentemente, um tratamento desnecessário e até mesmo deletério.
ISSN:1677-9487
DOI:10.1590/S0004-27302001000200012